“NANDAIA, NANDAIA, VAMOS NANDAIAR”: LÍNGUAS E COLONIZAÇÃO NO ESTADO DE MATO GROSSO/“NANDAIA, NANDAIA, VAMOS NANDAIAR”: LANGUAGES AND COLONIZATION IN THE STATE OF MATO GROSSO

Autores

  • Welliton Martins Bindandi (UNEMAT) Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Taisir Mahmudo Karim (UNEMAT) UNEMAT

Resumo

Tomando os estudos da Semântica do Acontecimento de Eduardo Guimarães (2002; 2007; 2012; 2017; 2018), articulado a História das Ideias Linguística, Eni Orlandi (2001), objetivamos analisar a significação da palavra nandaia em uma cantiga popular do Estado de Mato Grosso. A música trata-se de uma composição de Siriri, pertencente à cultura e ao folclore local. Para se pensar o acontecimento enunciativo da palavra nandaia na canção, buscamos sua historicização inicial na obra de José de Alencar, Iracema, também como um acontecimento. Nossas análises mostraram que a palavra em estudo se institui em um terreno de confrontos e imposição linguística, colocando, desse modo, não só os sentidos da palavra em questão, mas também um saber linguístico e a identificação de uma identidade mato-grossense pelo processo de significação de nandaia.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Welliton Martins Bindandi (UNEMAT), Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
    Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística – UNEMAT.
  • Taisir Mahmudo Karim (UNEMAT), UNEMAT
    Professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística – UNEMAT.

Referências

ALENCAR, José. Iracema. In Ministério da cultura / Fundação Biblioteca Nacional / Departamento Nacional do Livro. (pdf) Rio de Janeiro, 1865.

BENVENISTE, E. Problemas de Lingüística Geral - volume I. Campinas: Pontes, 2005.

BORGES, Luiz C.; A instituição de línguas gerais no brasil. In ORLANDI, Eni P. (Org.); História das ideias linguísticas: construção do saber metalinguístico e a construção da língua nacional. Pontes: Campinas-SP; Cáceres-MT: Unemat editora, 2001.

ESTRUGIR. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2020. Disponível em: https://www.dicio.com.br/estrugir/. Acesso em: 29/09/2019.

ESTRONDEAR. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2020. Disponível em: https://www.dicio.com.br/estrondear/. Acesso em: 29/09/2019.

FILHO, D. P.; Muitas línguas, uma língua: a trajetória do português brasileiro. José Olympio: Rio de Janeiro, 2017.

GUIA DE BICHOS. Portal-IG. Canal do pet. c2000. Disponível em < https://canaldopet.ig.com.br/guia-bichos/passaros/jandaia/57a24d16c144e671ccdd91b6.html>. Acesso em 18/11/19.

GUIMARÃES, Eduardo. Semântica: enunciação e sentido. Campinas: Pontes Editores, 2018.

_______. Breve reflexão sobre o espaço de enunciação relações de línguas na colonização portuguesa do Brasil. In ZATTAR, Neuza; DIRENZO, Ana Maria (Orgs.). Estudos da linguagem: língua, sujeito e história. Pontes: São Paulo, 2012.

_______. Política de Línguas na Linguística Brasileira - Da abertura dos cursos de Letras ao Estruturalismo. In ORLANDI, Eni P. (org.) Política Linguística no Brasil. Pontes: São Paulo, 2007.

_______. Semântica do Acontecimento: um estudo enunciativo da designação. Campinas, SP: Pontes, 2017.

_______. Os Limites do Sentido: um estudo histórico e enunciativo da linguagem. ed. 2º. Campinas, SP: Pontes, 2002.

HANSEN, C.; AMORIM, D. A.; GRACIA, G.; SENRA, J. F.; ARAÚJO, L. F. Siriri. In: GRANDO, B. (Org).Cultura e dança em Mato Grosso: Catira, Curussé, Folia de Reis, Siriri, Cururu, São Gonçalo, Rasqueado e Dança Cabocla na Região de Cáceres. Cuiabá: Unemat Editora, 2005.

KALIL, Luna. Cururu e siriri: o resgate de duas tradições que colorem Mato Grosso. In UOL Viagem. 2008. Disponível em <http://viagem.uol.com.br/ultnot/2008/09/04/ult4466u393.jhtm> Acesso em 26/09/2019.

KARIM, T. M; ALVARES, Lucas. De incivilizados a descivilizados: um percurso do nome vândalos. In Eni P. Orlandi; Débora Massman; Andrea Silva Domingues. (Org.). Linguagem, instituições e práticas sociais. Pouso Alegre: Univás; Campinas: Editora. Univás, 2018. (p. 157-171).

_____. ALVARES; DALLA PRIA. O frisson da bailarina: o funcionamento semânticoenunciativo do nome baderna. Revista Traços de linguagem, Cáceres, MT, V.03 N. 02: 2019.

NUNES, José Horta. O discurso documental na história das idéias lingüísticas e o caso dos dicionários. Revista Alfa, São Paulo, 52 (1): 81-100, 2008.

ORLANDI, E. (Org.). História das Ideias Linguísticas: Construção do Saber Metalinguístico e Constituição da Língua Nacional. Campinas/Cáceres: Pontes/Unemat, 2001.

Downloads

Publicado

2021-08-18

Como Citar

“NANDAIA, NANDAIA, VAMOS NANDAIAR”: LÍNGUAS E COLONIZAÇÃO NO ESTADO DE MATO GROSSO/“NANDAIA, NANDAIA, VAMOS NANDAIAR”: LANGUAGES AND COLONIZATION IN THE STATE OF MATO GROSSO. (2021). Revista ECOS, 30(1). https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/5697