SENTIDOS E RESISTÊNCIA: UMA ANÁLISE ENUNCIATIVA DE “MULHER” NO MOVIMENTO MARCHA DAS VADIAS/RESISTANCE AND MEANINGS: AN ENUNCIATIVE ANALYSIS OF “WOMAN” IN THE “MARCHA DAS VADIAS” MOVEMENT

Autores

  • Carolina de Paula Machado Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Rosimar Regina Rodrigues de Oliveira Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará - UNIFESSPA

Palavras-chave:

Mulher. Designação. Argumentação. Acontecimento enunciativo. Marcha das vadias.

Resumo

Em contraposição ao discurso machista, surge, em 2011, o movimento SlutWalk no Canadá. O movimento passa a acontecer em diversas partes do mundo inclusive no Brasil onde o nome ganha, dentre as diversas traduções, a tradução Marcha das Vadias. Diante da ressignificação de nomes pejorativos como forma de resistência no movimento, analisaremos o que significa a palavra mulher em um enunciado que circulou no movimento no Brasil: Nem santa, nem puta: Mulher!. Tomamos como referencial teórico e analítico a teoria da Semântica do Acontecimento buscando compreender tanto o que designa a palavra como seu funcionamento argumentativo no enunciado em questão.

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Biografia do Autor

Carolina de Paula Machado, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Professora Adjunta do Departamento de Letras e Professora do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSCAR; Coordena a Unidade de Estudos Históricos, Políticos e Sociais da Linguagem.

Rosimar Regina Rodrigues de Oliveira, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará - UNIFESSPA

Professora Adjunta da Faculdade de Estudos da Linguagem, do Instituto de Linguística Letras e Artes, da UNIFESSPA.

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Imagem apresentada acima disponível em: “Marcha das vadias”. http://www.marchadasvadias.org/categoria/noticias/ Acesso em: 20 Mar. 2014.

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Publicado

2022-07-14

Como Citar

Machado, C. de P. ., & Oliveira, R. R. R. de . (2022). SENTIDOS E RESISTÊNCIA: UMA ANÁLISE ENUNCIATIVA DE “MULHER” NO MOVIMENTO MARCHA DAS VADIAS/RESISTANCE AND MEANINGS: AN ENUNCIATIVE ANALYSIS OF “WOMAN” IN THE “MARCHA DAS VADIAS” MOVEMENT. Revista ECOS, 32(01), 129–144. Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/6385

Edição

Seção

LINGUÍSTICA