POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA EM CUIABÁ: RESISTÊNCIA E AUTO-ORGANIZAÇÃO

Autores

  • Eliete Borges LOPES

DOI:

https://doi.org/10.30681/geoambes.v2i1.3749

Resumo

O presente artigo defende que, existia em Cuiabá uma comunidade em situação de rua que habitava a Ilha do Bananal, no Centro da Cidade, possuidora de uma auto-organização originada dos arte-fatos e afetos que mobilizavam. Esta manifestação social foi descrita a partir da pesquisa de campo exploratória e contou com diálogos com moradores e descrição dos fenômenos que compunham a comunidade que lá habitava. Os arte-fatos e afetos são uma maneira de dizer das culturas material e imaterial que envolviam a vida da população da Ilha. A pesquisa revelou que, mesmo vivendo sob a égide da vulnerabilidade, a comunidade da Ilha do Bananal conseguia resistir a fenômenos como a pobreza e a violência. O trajeto de pesquisa se desenvolveu a partir da interação entre a população em situação de rua e os diversos elementos presentes na comunidade, quer seja, a dimensão arquitetônica, os graffitis ou os atos performativos da vida na rua.

Palavras-chaves: Arte-fatos; Afetos; Episteme das ruas.

 

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Recebido: 30/09/2017

Aprovado: 01/02/2018

Publicado: 30/06/2019

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Publicado

2019-06-30

Como Citar

LOPES, E. B. (2019). POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA EM CUIABÁ: RESISTÊNCIA E AUTO-ORGANIZAÇÃO. Geografia: Ambiente, Educação E Sociedades, 2(1), 152–168. https://doi.org/10.30681/geoambes.v2i1.3749

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