Fisioterapia na assistência ao parto: perfil de atuação por meio da implementação de material de registro/ Physiotherapy in childbirth care: performance profile through the implementation of recording material/ Fisioterapia en la atención al parto: perfil de rendimiento mediante la aplicación de material de registro

Autores

  • Sávia Francisca Lopes Dias Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)
  • Gilson Antonio de Oliveira Filho Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)
  • João Batista dos Reis Neto Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)
  • Rafaella Azevedo dos Santos Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)
  • Natália Mendes Caldas Lima Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA)
  • Maria Gabriela Cardoso Teles Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

DOI:

https://doi.org/10.30681/2526101012591

Palavras-chave:

Fisioterapia, Saúde da Mulher, Obstetrícia, Tocologia, Trabalho de Parto

Resumo

Objetivo: traçar o perfil de atuação da fisioterapia na assistência ao parto pela implementação de um protocolo operacional padrão (POP) e pela ficha de registro de intervenção fisioterapêutica. Método: estudo descritivo e intervencional, realizado de abril a novembro de 2023, em um centro obstétrico em Parnaíba, Piauí, Brasil. Após verificação de inexistência de instrumentos sobre a atuação fisioterapêutica, desenvolveu-se um POP e uma ficha de registro. Após treinamento das fisioterapeutas com esses instrumentos, 400 parturientes foram assistidas. Os dados foram apresentados por distribuição de frequências, médias e desvio padrão. Resultados: as condutas mais utilizadas durante o trabalho de parto foram: respiração diafragmática (52,70%) e mudança de decúbito (33,22%). Nos desfechos, 87,88% evoluíram para o parto vaginal e com a utilização da postura mais verticalizada/inclinada (56,56%); o tempo de trabalho de parto foi de até 6h em 53,74% dos casos e houve episiotomia em 7,27% dos casos. Conclusão: as intervenções fisioterapêuticas realizadas contribuíram com a assistência ao parto, mas observou-se a necessidade de permanência de treinamentos junto à equipe para sustentação de práticas cada vez mais seguras e apropriadas.

Biografia do Autor

  • Sávia Francisca Lopes Dias, Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

    Fisioterapeuta. Doutora em Biotecnologia. Professora Adjunta da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

  • Gilson Antonio de Oliveira Filho, Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

    Acadêmico do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

  • João Batista dos Reis Neto, Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

    Acadêmico do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

  • Rafaella Azevedo dos Santos, Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

    Acadêmica do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

  • Natália Mendes Caldas Lima, Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA)

    Fisioterapeuta. Especialização em Fisioterapia na Saúde da Mulher. Fisioterapeuta do Centro Obstétrico do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA)

  • Maria Gabriela Cardoso Teles, Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

    Fisioterapeuta. Mestre em Ciências Biomédicas. Professora substituta da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR)

Referências

Baracho E. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2018.

Souza SM, Nicida DP. A atuação da fisioterapia obstétrica: revisão de literatura. Rev Saúde Desenv. 2019; 13(15):122-133.

Peruzzi J, Batista PA. Fisioterapia nas disfunções do assoalho pélvico e na sexualidade durante o período gestacional. Fisioter Bras. 2018; 19(2):177-182.

Romagnoli F, Gandolfi R, Gomes FP, Reticena KO, Santos M. Mudanças na vida e no corpo da mulher durante a gravidez. Braz J Surg Clin Res. 2019; 27(1):2317-24.

Castro AS, Castro AC, Mendonça AC. Abordagem fisioterapêutica no pré-parto: proposta de protocolo e avaliação da dor. Fisioter Pesq. 2012; 19(3):210-214.

Bavaresco GZ, Souza RSO, Almeida B, Sabatino JH, Dias M. O fisioterapeuta como profissional de suporte à parturiente. Cienc Saude Coletiva. 2011; 16(7):3259-66.

Keil MJ, Delgado AM, Xavier MAO, Nascimento CMD. Fisioterapia em obstetrícia pelos olhos das gestantes: um estudo qualitativo. Fisioter Mov. 2022; 35(spe).

Cidade Verde. Hospital de Parnaíba passa a oferecer serviço de fisioterapia 24 horas na maternidade. Paranaíba; 2022 [acesso em 2024 jun 25]. Disponível em: https://cidadeverde.com/parnaiba/118868/hospital-de-parnaiba-passa-a-oferecer-servico-de-fisioterapia-24-horas-na-maternidade.

Santana LS, Gallo RBS, Quintana SM, Duarte G, Jorge CH, Marcolin AC. Applying a physiotherapy protocol to women during the active phase of labor improves obstetrical outcomes. AJOG Glob Rep. 2022; 2(4):100125.

Bonilha EA, Lira MMTA, Freitas M, Aly CMC, Santos PC, Niy DY, et al. Gestational age: comparing estimation methods and live births’ profile. Rev Bras Epidemiol. 2023; 26:e230016.

UNFPA Brasil. Relatório Situação da População Mundial 2021. Brasília; 2021 [acesso em 2024 jun 25]. Disponível em: https://brazil.unfpa.org/pt-br/publications/relatorio-situacao-da-populacao-mundial-2021

Nurkkala J, Kauko A, FinnGen HL, Laivuori H, Saarela T, Tyrmi JS, et al. Associations of polygenic risk scores for preeclampsia and blood pressure with hypertensive disorders of pregnancy. J Hypertens. 2023; 41(3):380.

Medeiros FDA, Silva MDG, Sales JC, Ribeiro SG, Silva Júnior FJG, Parente ADCM. Aspectos relacionados às internações por intercorrências gestacionais. Enferm Foco. 2021; 11(4).

Evbuomwan O, Chowdhury YS. Physiology, Cervical Dilation. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022.

Biana CB, Cecagno D, Porto AR, Cecagno S, Marques V de A, Soares MC. Terapias não farmacológicas aplicadas na gestação e no trabalho de parto: revisão integrativa. Rev Esc Enferm USP. 2021; 55:e03681.

Neta JN, Amorim MM, Guendler J, Delgado A, Lemos A, Katz L. Vocalization during the second stage of labor to prevent perineal trauma. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2022; 275:46-53.

Dias SFL, Landim VCNP, Silva JBS, Araújo LCF, Machado LRG, Ribeiro NC, et al. Implantação do serviço ambulatorial de fisioterapia pélvica no contexto do Sistema Único de Saúde. J Health NPEPS. 2020; 5(2):393-410.

Berta M, Lindgren H, Christensson K, Mekonnen S, Adefris M. Effect of maternal birth positions on duration of second stage of labor: systematic review and meta-analysis. BMC Pregnancy Childbirth. 2019; 19(1):466.

Bio E, Bittar RE, Zugaib M. Influência da mobilidade materna na duração da fase ativa do trabalho de parto. Rev Bras Ginecol Obstet. 2006; 28(11):537-44.

Rocha BD da, Zamberlan C, Pivetta HMF, Santos BZ, Antunes BS. Posições verticalizadas no parto e a prevenção de lacerações perineais: revisão sistemática e metanálise. Rev Esc Enferm USP. 2020; 54:e03610.

Macêdo MC, Feitosa MCP, Lima ACG, Oliveira VAS, Silva MAA, Portela FTC, et al. Fisioterapia obstétrica sob a ótica das gestantes de alto risco internadas em uma maternidade de alta complexidade. Res soc dev. 2024; 13(4):e12413445640.

Silva KG, Gonçalves MV, Correia ICIS, Martins IC, Yonamine CY. A percepção das puérperas sobre a atuação da fisioterapia na preparação para o parto: Um estudo qualitativo. Res soc dev. 2024; 13(2):e7913244995.

Borges H, Catani RR. Indicações de cesária: Protocolo Assistencial do Hospital de Clínicas de Uberlândia. Uberlândia: Hospital de Clínicas de Uberlândia; 2019 Mar.

Silva JR, Resplandes WL, Silva KCC. Importância do fisioterapeuta no período gestacional. Res soc dev. 2021; 10(11):e480101119977.

Akköz Çevik S, Karaduman S. The effect of sacral massage on labor pain and anxiety. Jpn J Nurs Sci. 2019; 17(1):e12272.

Bittencourt C. Você conhece as recomendações da OMS para o parto normal? Brasília: UNASUS; 2014.

Okeahialam NA, Sultan AH, Thakar R. The prevention of perineal trauma during vaginal birth. Am J Obstet Gynecol. 2023; 230(3S):S991-S1004.

Mamede L, Marano D, Dias MAB, Souza Junior PRB de. Prevalência e fatores associados à percepção da laceração perineal: estudo transversal com dados do Inquérito Nascer no Brasil, 2011 e 2012. Epidemiol Serv Saúde. 2024;33: e 2023621.

American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG). Prevention and management of obstetric lacerations at vaginal delivery. Obstet Gynecol. 2016; 128(1):e1-15.

Desseauve D, Fradet L, Lacouture P, Pierre F. Is there an impact of feet position on squatting birth position? BMC Pregnancy Childbirth. 2019; 19(1):384

Resende MT dos S, Lopes DS, Bonfim EG. Profile on childbirth care at a public maternity hospital. Rev Bras Saude Mater Infant. 2020; 20(3):863-70.

Downloads

Publicado

2024-12-01

Edição

Seção

Artigo Original/ Original Article/ Artículo Originale

Como Citar

Dias, S. F. L., de Oliveira Filho, G. A. ., dos Reis Neto, J. B. ., dos Santos, R. A. ., Caldas Lima, N. M. ., & Cardoso Teles, M. G. (2024). Fisioterapia na assistência ao parto: perfil de atuação por meio da implementação de material de registro/ Physiotherapy in childbirth care: performance profile through the implementation of recording material/ Fisioterapia en la atención al parto: perfil de rendimiento mediante la aplicación de material de registro. Journal Health NPEPS, 9(2). https://doi.org/10.30681/2526101012591