SETA DESPEDIDA NÃO VOLTA AO ARCO – UMA LEITURA DE CONTOS PORTUGUESES
DOI:
https://doi.org/10.30681/moinhos.v0i7.4101Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar algumas provocações de leitura suscitadas a partir da análise dos contos “Marido”, de Lídia Jorge, “Seta Despedida”, de Maria Judite de Carvalho e “O Golem”, de Antonio Vieira, na tentativa de identificar os aspectos da cultura tradicional nessas narrativas portuguesas. Assim, o intento foi também confrontá-los em vista da metáfora expressa no dito popular português “seta despedida não volta ao arco”. Este dito popular refere-se ao caráter irreversível dos efeitos de nossas ações frente às convenções, interditos e limitações internas, mostrando que o escritor crítico identifica os pontos de intervenção social sem, necessariamente, fazer apologia a posicionamentos ideológicos diretamente, mas conduz à reflexão, visto estarem comprometidos com os processos de formação social.
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Referências
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