Chamas e cinzas: Os liames da história no romance Mulheres de Cinzas, de Mia Couto

Autores

  • Ana Claudia Servilha Martinhs UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO.

DOI:

https://doi.org/10.30681/moinhos.v0i8.4402

Resumo

Mulheres de cinzas (2015) primeiro romance da trilogia miacoutiana As areias do imperador, apresenta inúmeros elementos que transitam entre a história de África e os liames da ficção, tendo como tema as ocupações sofridas, durante o período colonial, pelo continente africano, mais especificamente, o sul de Moçambique, que era denominado Estado de Gaza e governado pelo último grande líder africano: Ngungunyane ou Gungunhane, como era chamado pelos portugueses. Insere-se, nessa narrativa, o cuidado dispensado às histórias de um passado que se faz vivo na lembrança de muitos moçambicanos. A obra privilegia dois personagens centrais para o desenvolver do romance: a africanidade de Imani e o eurocentrismo do militar português Germano. Desse modo, a narrativa retrata as várias possibilidades e os olhares possíveis sobre os acontecimentos em Moçambique.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Ana Claudia Servilha Martinhs, UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO.

    Possui graduação em Língua Portuguesa e Inglesa e respectivas Literaturas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2013). Possui Mestrado em Estudos Literários, com pesquisa na área de Literatura e vida social em países de língua portuguesa, pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2017). Doutoranda em Estudos Literários, com pesquisa na área de Literatura e vida social em países de língua portuguesa, pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2018). Atualmente é docente na Universidade do Estado de Mato Grosso, trabalhando com as disciplinas de Literaturas de Língua Portuguesa e Produção de Textos e Leitura.

Referências

COUTO, Mia. Mulheres de cinzas. 1. ed. 2. reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

HALL, Stuart. Identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003.

HALBWACHS, M. A memória coletiva. Trad. de Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Tradução de Bernardo Leitão. São Paulo: Editora da Unicamp, 1996.

REZENDE, Irene Severina. O Fantástico no contexto sócio-cultural do século XX: José J. Veiga (Brasil) e Mia Couto (Moçambique). Alto Araguaia/ MT: Edição da autora, 2010.

SOUSA, Fernando de. O Jornal de Notícias e a Revolta de 31 de Janeiro de 1891. Revista da Faculdade de Letras. História, Porto, série II, v. 07, p. 439-453, 1990. Disponível em: <http://ler.letras.up.pt/site/default.aspx?qry=id04id18id299&sum=sim>. Acesso em: 22 mar. 2019.

SOUSA, Fernando de. Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

TUTIKIAN, Jane. Velhas identidades novas: o pós-colonialismo e a emergência das nações de Língua Portuguesa. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2006.

Downloads

Publicado

2020-08-13

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Chamas e cinzas: Os liames da história no romance Mulheres de Cinzas, de Mia Couto. (2020). Revista Moinhos, 8, 6-14. https://doi.org/10.30681/moinhos.v0i8.4402