O uso das recomendações da Auditoria de Gestão no processo gerencial da Universidade do Estado de Mato

Autores

  • RAFAEL DE FREITAS SOUZA UNEMAT

Palavras-chave:

Recomendações, Auditoria de Gestão, Gestores

Resumo

Este artigo aborda a utilização do uso das recomendações de Auditoria de Gestão no processo gerencial, na percepção dos gestores de uma universidade pública. Embora a utilização da Auditoria de Gestão em organismos públicos tenha previsão legal e literatura substancial a respeito, estudos de sua aplicação em Instituições Públicas de Ensino Superior são escassos. O estudo de caso com abordagem qualitativa e propósitos descritivos, contou a coleta de dados via entrevistas semiestruturadas, observação participante e pesquisa documental. A triangulação das fontes foi favorável e potencialmente ampliada devido ao uso da análise de conteúdo categorial para a interpretação dos dados das entrevistas. Entre os gestores da universidade houve consenso sobre a importância da Auditoria de Gestão no processo administrativo, entretanto são nítidas as dificuldades na aplicação das recomendações da mesma. O modelo de gestão organizacional implantado na instituição foi o principal agravante, por induzir os gestores à análise individual e objetiva das recomendações de auditoria de gestão. Recomenda-se que os resultados de auditoria sejam contemplados com análises coletivas, subjetivas e qualitativas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

RAFAEL DE FREITAS SOUZA, UNEMAT

Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2004); especialista em Gestão Tributária, Trabalhista e Previdenciária pelo Instituto Cuiabano de Educação (2007); Mestrado em Administração pela FEAD Minas na linha de Gestão Pública (2014). Servidor Público há nove anos, é Contador da Universidade do Estado de Mato Grosso, respondendo pela Assessoria de Planejamento da Pró-Reitoria de Planejamento e Tecnologia da Informação.

Referências

AGUIAR, Neuma. Patriarcado, sociedade e patrimonialismo. Soc. estado., Brasília, v. 15, n. 2, Dec. 2000. Disponível em: . Acesso em: 02 dez. 2013.

ALMEIDA, Bruno José Machado. SILVA, Alexandre Gomes. Integração das teorias explicativas da auditoria no modelo de accountability de Laughlin: análise teórica e empírica. Portuguese Journal of Accounting and Management. Revista Científica da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, n.14, Coimbra, nov. 2013.

ARAGÃO, Cecília Vescovi. Burocracia, eficiência e modelos de gestão pública: um ensaio. Revista do Serviço Público. n.3, 1997. p. 108-110

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BARZELAY, Michael. Instituições centrais de auditoria e auditoria de desempenho: uma análise comparativa das estratégias organizacionais na OCDE. Revista do Serviço Público, Brasília, ano 53, n. 2, p. 5-35, abr./jun. 2002.

CLAVER, Enrique; LlOPIS, Juan. GASCÓ, José L.; MOLINA, Hipólito; CONCA, Francisco J. Public Administration: from bureaucratic culture to citzen-oriented culture. The International Journal of Public Sector Management, v. 12, n.5, p. 455-464, 1999.

COOK, John William; WINKLE, Gary M. Auditoria: filosofia e técnica. São Paulo: Saraiva, 1979.

COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa e administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

DUARTE, Arédio Teixeira. Universidade e sociedade: superando o descompasso. Goiânia: CEGRAF, 1990.

FONTICIELLA, Maria Tereza Ruiz. La auditoria operativa de gestión pública y los organismos de control externo (ocex). El caso español. INNOVAR, revista de ciencias administrativas y sociales. Universidad Nacional de Colombia. Enero a Junio de 2005

GRATERON, Ivan Ricardo Guevara. Auditoria de gestão: utilização de indicadores de gestão no setor público. Caderno de Estudos, n. 21, USP, São Paulo, mai./ago.1999.

GODOY, Arilda Schimidt. A pesquisa qualitativa e sua utilização na administração de empresas. Rev.Adm. Epresas. v.35, n.4. São Paulo, jul./ago.1995

HARMON, M. M.; MAYER, R. T. Teoria de la organización pata la administración pública. México: Colegio Nacional de Ciências Políticas y Administración Pública A. C./Fondo de Cultura Económica, 1999.

INTOSAI, International Organization of Supreme Audit Institutions. Diretrizes para aplicação de normas de auditoria operacional (2005).

KLIKSBERG, Bernardo. Redesenho do estado para o desenvolvimento sócio-econômico e amudança: uma agenda estratégica para a discussão. Revista de Administração Pública, v. 28, n. 3, p. 5-25, jul./set. 1994.

LAPIERRE, Laurent. Imaginário, Administração e Liderança. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 29, n. 4, out-dez, 1989.

LEITÃO, Sérgio Proença. A questão organizacional na universidade: as contribuições de Etzioni e Rice. Revista de Administração Pública da FGV, Rio de Janeiro, v.4, n.19, p. 3-26,out./dez. 1985.

LINNA, Paula; PEKKOLA, Juhani; UKKO, Juhani; MELKAS, Helina. Defining and measuring productivity in public sector: managerial perception. International Journal of Public Sector Management, v. 23, n. 3, p. 300-320, 2010.

MANZINI, Eduardo José. Uso da entrevista em dissertações e teses produzidas em um programa de pós-graduação em educação. Revista Percurso, v.4, n.2, 2012.

MARQUES, Maria da Conceição da Costa; ALMEIDA, José Joaquim Marques. Auditoria no sector público: um instrumento para a melhoria da gestão pública. Revista Contabilidade e Finanças, USP, São Paulo, n.35, p. 84-95, mai./ago. 2004.

MARTINS, João Batista. Observação participante: uma abordagem metodológica para a psicologia escolar. Semina: Ci. Sociais/Humanas, Londrina, v. 17, n. 3, p. 266-273, set. 1996.

MATTOS, Pedro Lincoln C.L. Réplica: conservadorismo nas universidades federais- o outro lado da resistência à mudança. Revista de Administração Contemporânea. v.8.n.2. Curitiba abr./jun.2004.

MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Administração Pública Gerencial. Revista Direito, Rio de Janeiro, v.2, n. 4, jul./dez. 1998

PAZETO, A. E. Participação: exigências para a qualificação do gestor e processo permanente de atualização. In: Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, p.3-5, fev./jun. 2000.

PEREIRA, Luiz C. Bresser. Estratégia e estrutura para um novo Estado. Revista de Economia Política, v. 17, n. 3, p. 24-38, jul./set. 1997.

ROBBINS, Stephen Paul. O processo administrativo: integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1978.

SANTOS. Luís Paulo Guimarães. Uma contribuição à discussão sobre a avaliação de desempenho das instituições federais de ensino superior - uma abordagem da gestão econômica. Revista Contabilidade & Finanças, v.13, n.28. São Paulo, jan./abr./2002.

SECCHI, Leonardo. Modelos organizacionais e reformas da administração pública. Rev. Adm. Pública, Rio de Janeiro, v. 43, n.2, Apr. 2009.

SILVA, Lindomar Pinto da; FADUL, Élvia. Organizational culture and discourses: a case of change in a brazilian public organization. BAR, Braz. Adm. Rev. Curitiba, v. 8, n.2, june 2011.

TEIXEIRA, Enise Barth. A análise de dados na pesquisa científica. UNIJUI, ano 1, n.2, jul.dez.2003, pp.177-201.

VALENTIM, Maria Lígia. P. Métodos qualitativos de pesquisa em Ciência da Informação. São Paulo: Polis, 2005.

VENTURINI, Jonas Cardona; PEREIRA, Breno Augusto Diniz; MORALES, Ronaldo; FLECK, Carolina Freddo; BATISTELLA JUNIOR, Zeno; NAGEL, Mateus de Brito. Percepção da avaliação: um retrato da gestão pública em uma instituição de ensino superior (IES). Revista de Administração Pública, v. 44, n. 1, p. 31-53, 2010.

VIEIRA, Eurípedes Falcão; VIEIRA, Marcelo Milano Falcão. Funcionalidade burocrática nas universidades federais: conflito em tempos de mudança. Revista de Administração Contemporânea. v. 8. n. 2. Curitiba abr./jun.2004.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

Downloads

Publicado

09/02/2016

Como Citar

SOUZA, R. D. F. (2016). O uso das recomendações da Auditoria de Gestão no processo gerencial da Universidade do Estado de Mato. Revista Contabilidade & Amazônia, 7(1), 87–100. Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/rca/article/view/6657