TECNOLOGIAS, LETRAMENTOS E INCLUSÃO/EXCLUSÃO DIGITAIS: UM OLHAR PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA PANDEMIA
DOI:
https://doi.org/10.30681/real.v16.10596Palavras-chave:
políticas de formação continuada, pandemia, tecnologias digitais, letramentos digitais, racionalidade técnica.Resumo
Este trabalho objetiva delinear o papel das políticas públicas educacionais, dos projetos de formação continuada e dos formadores de professores na dinâmica de mudanças e de (re)organizações dos projetos de formação continuada durante a pandemia, no Estado de Mato Grosso, trazendo para o bojo desta discussão questões que envolvem as Tecnologias e os Letramentos no processo de inclusão/exclusão digitais. Compreendemos que a incorporação das novas tecnologias ao status de objetos de conhecimentos da formação não amplia a noção puramente técnica e neutra da tecnologia, para uma dimensão curricular de integralidade do conhecimento a ser ressignificado e interrelacionado às dimensões éticas, estéticas, culturais, linguísticas e humanas da vida em sociedade. Para compreender a dinâmica dos espaços e processos formativos em termos de reestruturação administrativa e pedagógica, determinada pela pandemia, este trabalho, de forma mais específica, objetiva compreender como a tecnologia foi concebida, no período da pandemia, no plano de formação da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso - SEDUC-MT, para que os professores pudessem planejar e executar suas atividades, a partir da mediação das DREs/CEFAPROs-MT. Para tanto, foram recortados e analisados 03 Orientativos de Formação Continuada, produzidos e em circulação no ano de 2021. Dessa forma, a pesquisa caracteriza-se como qualitativa, executada por meio de análise documental. Como resultado, pudemos inferir que a formação se coloca como ferramenta de monitoramento das intervenções dos professores, fundamentada no modelo de racionalidade técnica, ainda, distante de uma perspectiva crítica, autônoma e emancipadora.
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