O GÊNERO ANEDOTA E SEU EFEITO DE SENTIDO PEJORATIVO NO DISCURSO DE (TRANS) FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DA MULHER
DOI:
https://doi.org/10.30681/real.v9i01.1440Resumo
A Análise de Discurso (AD), ciência que tem o discurso como objeto, nasce na França de 1960, atribuindo status de paternidade a Michel Pêcheux. É também chamada de “disciplina de entremeios” por efetivar-se entre os limites da Linguística, Psicanálise e Materialismo Histórico. Os conceitos que a compõem, permite aos pesquisadores e analistas efetuarem uma leitura representativa de uma coletividade social. No discurso, a(s) ideologia(s), o político, a história, o sujeito, e as condições de produção se aliam permitindo construções de sentidos onde se encontram o passado e o presente por meio dos já ditos, dos (inter)discursos. Para a AD, o sujeito se configura uma representação a partir de um posicionamento social. É nesse sentido que um discurso, ao ser proferido por um sujeito, ecoa a historicidade de um dado grupo, como é o caso da mulher no Brasil. Uma minoria que traz em sua historicidade uma carga histórica de pré-conceito e discriminação. Analisar a representação da mulher no gênero anedota, além de apresentar uma identidade constituída para a mulher nesta sociedade machista, permite um olhar na direção dos sentidos que constituem a identidade do machista, que, ao transformar em piada a imagem feminina, tenta reduzir a objeto de deboche a sua própria origem: a mulher.
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Referências
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