EVOCAÇÕES CRONOTÓPICAS E MELANCÓLICAS NO CONTO “LARGO DA MATRIZ” (1940), DE RIBEIRO COUTO
DOI:
https://doi.org/10.30681/real.v18i01.13087Palavras-chave:
Narrador-protagonista. Cronotopo. Nhá Rosa. Donana. Decadente.Resumo
Este artigo discute as formas de evocação do narrador-protagonista do conto “Largo da Matriz” (1940), de Ribeiro Couto, observando a cronotopia religiosa, arquitetônica e romântica, na cidade de São Bento. Esta análise parte da descrição socioespacial, que objetiva apresentar a carga melancólica, a partir das identidades elucidadas, durante a narração. Fazendo-se o uso da linguagem simbólica, o espaço igreja refletirá o preconceito e a troca de identidade, durante o rito da coroação da Virgem Maria; a casa da personagem Nhá Rosa mostrará a cultura local, por meio da conotação arquitetônica; e a cidade de São Bento e Paris relacionarão a identidade ancionista da jovem Donana, esposa do narrador-protagonista, com o intuito de confirmar que o romance substitui a perda do transitório e consagra identidades.
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