A OBSCENA SENHORA D.: POR DEUS ESQUECIDA, POR HOMENS OPRIMIDA, PELAS LOUCAS E HISTÉRICAS MUITO BEM-VINDA

Autores

  • Marcelo Júnior de Souza Honório
  • Luciana Borges

DOI:

https://doi.org/10.30681/real.v11i2.2513

Resumo

Este artigo tem como proposta problematizar a condição feminina no âmbito da loucura por meio da análise literária da obra A Obscena senhora D. (2005), de Hilda Hilst. Para tanto, são abordados os conceitos de loucura, histeria e a condição de sujeito da protagonista Hillé, bem como a maneira como essa personagem se comporta em relação ao ambiente externo, considerando-se que a loucura carrega o status de doença mental em nossa sociedade e que a opressão feminina no âmbito da loucura é um dos lugares comuns das opressões de gênero. A partir do contexto da obra, discorremos sobre a busca que a personagem empreende em torno de Deus, tendo em vista a instabilidade e o abandono sentidos pela mesma na relação supostamente cristã entre pai e filha. O suporte teórico é dado por textos de Freud (1969); Foucault (1972); Machado e Caleiro (2008); Verona (2012); Magnabosco (2013) e Souza (2014), dentre outros.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ARRUDA, Renata. Crítica: Fico besta quando me entendem – Entrevistas com Hilda Hilst. O Grito. Disponível em:http://revistaogrito.ne10.uol.com.br/page/blog/2013/09/26/critica-fico-besta-quando-me-entendem-entrevistas-com-hilda-hilst/. Acesso em: 09 jun. 2016.

CALEIRO, Regina C. L.; MACHADO, Jaqueline S. A. Machado. Loucura feminina: doença ou transgressão social? Desenvolvimento social. Montes Claros, v.1, n.1, jan./jun. 2008. Disponível em: http://www.pensamientopenal.com.ar/system/files/2014/12/doctrina37026.pdf. Acesso em: 15 jan. 2017.

FERNANDES, Flora; MOURA, Joviane. A institucionalização da loucura: introdução (Parte I). Psicologado, ago. 2009. Disponível em: https://psicologado.com/psicopatologia/psiquiatria/a-institucionalizacao-da-loucura-introducao-parte-i. Acesso em: 10 ago. 2016.

FOUCAULT, Michel. História da loucura na idade clássica. Tradução José Teixeira Coelho Netto. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972.

FRAYZE-PEREIRA, João A. O que é loucura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.

FREUD, Sigmund. O futuro de uma ilusão. Tradução de José Octávio de Aguiar Abreu. Rio de Janeiro: Imago,1969.

HARA, Tony. Ensaios sobre a singularidade. São Paulo: Editora Kan, 2012.

HILST, Hilda. A obscena senhora D. São Paulo: Globo, 2005.

MAGNABOSCO, Maria M. Mal-estar e subjetividade feminina. Subjetividade. Fortaleza, v.3, n.2, set. 2003. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v3n2/09.pdf. Acesso em: 07 jun. 2016.

OLIVEIRA, Sandra S. Trechos da história da loucura. Interações: sociedade e as

novas modernidades. Coimbra, out. 2002. Disponível em: http://www.interacoesismt.com/index.php/revista/article/viewFile/52/54. Acesso em: 07 jun. 2016.

RIBEIRO, Bruno Alvarenga; PINTO, Viviane Aparecida. Entrando na "nau dos loucos": breve revisão da história da loucura e seus desdobramentos. Conexão ciência (Online). Formiga, jan. 2011. Disponível em: http://periodicos.uniformg.edu.br:21011/periodicos/index.php/testeconexaociencia/article/view/50/77. Acesso em: 10 ago. 2016.

SIMÕES, R. A recusa histérica à satisfação do desejo. Revista Psicolatina. Rio de

Janeiro, v.1, n.11, set. 2007. Disponível em: http://psicolatina.org/11/histerica.html.

Acesso em: 08 fev. 2017.

SOUZA, André Rocha Lopes de. A pertinência do discurso freudiano sobre o fenômeno religião. Sacrilegens. Juiz de Fora, v.11, n.2, jul./dez. 2014. Disponível em: http://www.ufjf.br/sacrilegens/files/2015/02/11-2-8.pdf. Acesso em: 20 jan. 2017.

SOUZA, Edna Maria Lopes de. Especificidade de sintomas na histeria uma abordagem clínica. 2009. 42 f. Monografia (Especialização em Psicologia Clínica) – Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba. 2009. Disponível em: http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/08/ESPECIFICIDADE-DE-SINTOMAS-NA-HISTERIA-UMA-ABORDAGEM-CLINICA1.pdf. Acesso em: 14 fev. 2017.

VERONA, Elisa Maria. O discurso médico e a construção da ideia de sexo frágil no Brasil oitocentista. OPSIS. Catalão. v.12, n.1, jan./jun. 2012.

VIEIRA, Ana Rosa Bulcão. Organização e saber psiquiátrico. Revista de Administração de Empresas. Rio de Janeiro. v.21, n.4, dez.1981. Disponível em: http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-75901981000400006.pdf. Acesso em: 25 ago. 2016.

Downloads

Publicado

26.02.2019

Como Citar

A OBSCENA SENHORA D.: POR DEUS ESQUECIDA, POR HOMENS OPRIMIDA, PELAS LOUCAS E HISTÉRICAS MUITO BEM-VINDA. (2019). Revista De Estudos Acadêmicos De Letras, 11(2), 304-323. https://doi.org/10.30681/real.v11i2.2513