SABERES COMPARTILHADOS: A CONSTITUIÇÃO DE SUJEITOS NA CONSTRUÇÃO DE UM DICIONÁRIO DE LÍNGUA DE FRONTEIRA
DOI:
https://doi.org/10.30681/real.v10i2.2518Resumo
Resumo: Este artigo visa apresentar um gesto de leitura bem particular sobre os resultados obtidos no desenvolvimento de um projeto (que engendrou ensino/pesquisa/extensão) desenvolvido nas relações entre universidade e escola. Os resultados podem ser conferidos em uma obra publicada sob o título: Dicionário Compartilhado de Língua de Fronteira, que foi planejada e desenvolvida pela parceria feita entre o Programa de Educação Tutorial – Letras (PET) e o Programa de Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF), financiados pelo MEC, sediados na Universidade Federal de Santa Maria, no período de 2014 e 2015, culminando com o lançamento das obras em 2016. O principal objetivo foi o de dar mais ou menos consciência aos sujeitos fronteiriços, na cidade de Itaqui – RS, sobre sua condição de falante que se realiza entre o português e o espanhol. O material produzido pelas crianças resultou em um dicionário que trata da língua compartilhada entre os sujeitos de fronteira de uma região sul-rio-grandense que faz divisa com a Argentina. A iniciativa deu-se com alunos do ensino fundamental das escolas de Itaqui-RS. Um trabalho feito por e para eles evidenciando essa “língua de fronteira” que muitas vezes é deixada às margens por uma parcela da população, bem como passa por invisível para a maioria das iniciativas governamentais.
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