ACADÊMICOS COM DEFICIENCIA VISUAL NA UNIVERSIDADE: Um desafio de formação humana e profissional
DOI:
https://doi.org/10.30681/relva.v2i2.882Resumo
Este trabalho trata das condições materiais vivenciadas, pelos acadêmicos com deficiência visual na Universidade do Estado De Mato Grosso, do Campus de Sinop-MT. Além de abordar nesse dialogo epistemológico o duplo desafio de formação profissional e humana, tanto desses acadêmicos, como dos seus colegas e dos próprios professores que os educam. A incursão desses acadêmicos na instituição, a partir do ano de 2010, em uma maior expressão numérica, significou um marco e um divisor de águas na UNEMAT de Sinop. Este trabalho tem como objetivo debater sobre o caráter dialético e material da inserção, e, mais do que isso, da apropriação que os acadêmicos com deficiência visual, fazem da Universidade. A pesquisa realizada tem abordagem qualitativa e ancora-se nos pressupostos teóricos do materialismo histórico dialético. Pensar a condição do deficiente visual na Universidade, não se limita a questão do acesso ao Ensino Superior, mas primordialmente as condições de permanência de igualdade, para os desiguais, videntes e não videntes. A formação humana e profissional dos acadêmicos com deficiência visual necessita elencar nesse processo as condições estruturais, pedagógicas, institucionais e humanas. É necessário compreender o estigma de “ineficiência” do deficiente, dentro de nossa sociedade capitalista, a partir da própria dinâmica socioeconômica produzida pelo sistema do capital.
Palavras-chave: Universidade. Formação profissional. Deficiência visual. Práxis.