A PROFESSORALIDADE COMO SINGULARIDADE: A IDENTIDADE DOCENTE EM QUESTÃO
DOI:
https://doi.org/10.30681/relva.v7i2.5063Resumo
Este artigo faz parte da tese de doutorado “A figura masculina na docência do ensino primário”, onde se efetua um estudo comparado indagando questões como a escolha profissional do professor do sexo masculino no ensino primário, a sua aceitação na comunidade, entre outros aspectos. Neste sentido, o objetivo foi efetuar uma reflexão teórica sobre o conceito de identidade e a docência com base em uma revisão bibliográfica narrativa, tal revisão possibilita a posterior análise dos dados de quem são estes docentes, uma minoria de gênero na sua profissão, e como se identificam nesta profissão. Esta análise é efetuada, recorrendo a fontes originais, baseando a exposição de resultados em três momentos: primeiro sobre o conceito complexo de “identidade”, segundo sobre o conceito de “singularidade” de Foucault e, por fim, sobre o conceito de “professoralidade” de Pereira. Conclui-se que este último conceito é mais conveniente para abordar a identidade docente porque a “professoralidade” não é uma escolha feita seguindo um modelo, mas uma “diferença que o sujeito produz em si”.
Palavras-chave: Identidade; docência; profissão docente.
Downloads
Referências
BERGER, P., LUCKMANN, T. A Construção Social da Realidade. Petrópolis: Vozes, 1985.
COSTA, M. V. O magistério e a política cultural de representação e identidade. In: BICUDO & JUNIOR. Formação do Educador e Avaliação Educacional. São Paulo: UNESP, 1999.
CUCHE, D. A noção de cultura nas ciências sociais. Lisboa: Fim de século, 1999.
DUBAR, C. Formação, trabalho e identidades profissionais. In: CANÁRIO, R. Formação e situações de trabalho. Porto: Porto Editora, 1997a.
DUBAR, C. A socialização - construção das identidades sociais e profissionais. Porto: Porto Editora, 1997b.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
FOUCAULT, M. História da sexualidade 3: o cuidado de si. Rio de Janeiro: Graal, 1985.
FOUCAULT, M. História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FOUCAULT, M. Qu'est-ce que la critique? Critique et Aufklärung. (Conferência proferida em 27 de maio de 1978). Bulletin de la Société française de philosophie, 1990, v. 84, n. 2, p. 35 – 63, 1978.
FOUCAULT, M. Dits et Écrits. Paris: Galimard, v.IV, 1994.
FOUCAULT, M.; GALLAGHER, B. et al. Michel Foucault, an Interview: Sex, power and the politics of identity, The advocate, n. 400, p. 26-30 e 58, 1984.
FREITAS, M. N. de C. Organização escolar e socialização profissional de professores iniciantes. Cadernos de Pesquisa, n. 115, p. 155-172, 2002.
GONDAR, J. Memória, poder e resistência. In: BARRENECHEA, M.; GONDAR, J. (Org). Memória e espaço: trilhas do contemporâneo. Rio de Janeiro: 7letras, 2003.
HALL, S. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2000a.
HALL, S. Quem precisa de identidade. In: Silva, T. T. (Org). Identidade e diferença. Petrópolis: Vozes, 2000b.
NUNES, J. A. Repertórios, configurações e fronteiras: sobre cultura, identidade e globalização. Oficina do CES, n. 43, 1995.
PEREIRA, M. V. Nos supostos para pensar formação e autoformarão: a professoralidade produzida no caminho da subjetivação. In. Ensinar e aprender: sujeitos, saberes e pesquisa. Rio de Janeiro: DP&A, 10.º ENDIPE, 2000.
PINTO, C. A. Sociologia da Escola. Lisboa: McGraw-Hill, 1995.
REIS, M. A. Sexualidade e reinvenção da escola pública: a formação da jovem professora. Tese de Doutorado em Educação, Faculdade de Educação, UFF, Rio de Janeiro, 2002.
ROTHER, Edna Terezinha. Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta paul. enferm., v. 20, n. 2, p. v-vi, São Paulo, 2007.
SILVA, T.T. A poética e a política do currículo como representação. In: 21ª. Reunião Anual Da Associação Nacional De Pós-Graduação E Pesquisa Em Educação, Caxambu. Anais, Caxambu: ANPEd, 1998.
