Percepção da qualidade de vida entre idosos hipertensos praticantes e não praticantes de exercício físico

Autores

  • Bianca Teshima de Alencar Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).
  • Roberval Emerson Pizano
  • Carla Simone Girotto de Almeida Pina Barelli Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).
  • Fábio da Penha Coelho Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Resumo

Objetivo: o presente estudo teve como objetivo avaliar se existe alguma relação entre o nível de atividade física (NAF) e qualidade de vida (QV) de idosos hipertensos. Métodos: estudo qualiquantitativo, realizado com idosos hipertensos de 60 anos ou mais, cadastrados na Equipe de Saúde da Família (ESF) Vitória Régia e Vila Real, do município de Cáceres, MT. Os instrumentos utilizados foram questionário de Baecke modificado para idosos e de QV específica para hipertensos. Para análise estatística da relação entre o nível de atividade física e qualidade de vida foi utilizado o teste de correlação de Pearson. Resultados: foram avaliados 53 idosos, sendo 34% de Homens (n=18) e 66% de Mulheres (n=35). Quando avaliadas as médias dos valores descritivos dos idosos, notou-se que a mostra foi composta em sua maioria por mulheres, no entanto, os homens apresentaram melhor NAF e QV. Foi aplicada a correlação de Pearson nas variáveis NAF e QV, que apresentou uma correlação média e de alta significância (R=0,5902). Quando avaliado NAF e QV por faixa etária, as maiores médias, tanto para NAF quando para QV, foram observadas no grupo etário de 60 a 69 anos, os menores no grupo de 80 a 87 anos. Conclusão: os resultados obtidos sugerem que nível de atividade física esta relacionado com uma melhor qualidade de vida para idosos hipertensos. Os dados apontam para a necessidade de promoção, incentivo e aconselhamento de atividade física por parte dos profissionais de saúde para os idosos hipertensos, principalmente as mulheres, para que estas compreendam a importância da prática da atividade física para sua saúde, melhorando a qualidade de vida.

Palavras-chave: Hipertensão. Qualidade de Vida. Saúde do Idoso. Exercício Físico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bianca Teshima de Alencar, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).

Enfermeira pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).

Roberval Emerson Pizano

Profissional de Educação Física, Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Cruzeiro do Sul

Carla Simone Girotto de Almeida Pina Barelli, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).

Enfermeira, Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).

Fábio da Penha Coelho, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Profissional de Educação Física, Mestre em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Referências

Ciolac EG, Guimarães GV. Exercício físico e síndrome metabólica. Rev Bras Med Esporte Santo André 2004 jul/ago;10(4):319-324.

Zaitune MPA, Barros MBA, Cesar CLG, Carandina L, Goldbaum M. Hipertensão arterial em idosos: prevalência, fatores associados e práticas de controle no Município de Campinas. Cad Saúde Pública 2006; 22(2): 285-94.

Bloch KV, Rodrigues CS, Fiszman R. Epidemiologia dos fatores de risco para hipertensão arterial: Uma revisão crítica da literatura brasileira. Rev Bras Hipertens 2006; 13(2): 134-143.

Morais WM, Souza PRM, Pinheiro MHNP, Irigoyen MC, Medeiros A, Koike MK. Programa de exercícios físicos baseado em frequência semanal mínima: efeitos na pressão arterial e aptidão física em idosos hipertensos Rev bras Fisioter 2012; 16(2):114-121.

Gomes MAM, Feitosa AM, Pedrosa RP, Silva GS, Paiva AMG. Monitorização residencial da Pressão Arterial e sua contribuição no diagnóstico e tratamento da Hipertensão Arterial. Rev Hipert 2011 set/out; 14(3): 5-9.

Magnabosco B. Qualidade de vida relacionada à saúde do indivíduo com hipertensão arterial integrante de um grupo de convivência. Dissertação [Mestrado em Enfermagem]. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 2007.

Borelli FAO, Sousa MG, Passarelli Jr. O, Pimenta E, Gonzaga C, Cordeiro A et al. Hipertensão arterial no idoso: importância em se tratar. Rev Bras Hipertens 2008;15(4):236-239.

Araujo GBS, Garcia TR. Adesão ao tratamento anti-hipertensivo: Uma Análise Conceitual. Revista

Revista Ciência e Estudos Acadêmicos de Medicina - Número 2. Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT (Cáceres). 2014 ago.-dez. (p. 58-70)

Eletrônica de Enfermagem 2006; 8(2): 259-272. [acesso em 05 set 2012]. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_2/v8n2a11.htm.

Voorrips LE, Ravelli AC, Dongelmans PC, Deurenberg P, Van Staveren WA. A physical activity questionnaire for the elderly. Med Sci Sports Exerc 1991 Aug; 23(8):974-9.

Mazo GZ, Mota J, Benedetti TB, Barros MGV. Validade concorrente e reprodutibilidade testereteste do Questionáro de Baecke Modificado para idosos. Rev Bras Ativ Física e Saúde 2001;6(1):511.

Alencar NA, Ferreira MA, Graup S, Dantas EHM. Perfil do nível de atividade física e autonomia funcional de idosas. RBCEH Passo Fundo 2011 jan/abri; 8 (1): 21-28.

Gusmão JL, Pierin AMG. Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida para Hipertensos de Bulpitt e Fletcher. Rev Esc Enferm USP 2009; 43(esp): 1034-1043.

Borim SFA, Guariento ME, Almeida EA. Perfil de adultos e idosos hipertensos em unidade básica de saúde*. Rev Bras Clin Med São Paulo 2011 mar-abr; 9(2):107-11.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo de 2010: síntese estatística; [acesso em 6 jul 2013]. Disponível em: http://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php

Tavares DMS, Martins NPF, Diniz MA, Dias FA, Santos NMF. Qualidade de vida de idosos com hipertensão arterial. Rev enferm UERJ Rio de Janeiro 2011 jul/set; 19(3) 438-44.

Hallal PC, Victora CG, Wells JC, Lima RC. Phsycal inactivity: prevalence and associated variables in brasilian adults. Med Sci Sports Exerc. 2003 nov;35(11):1894-900.

Livramento GA, Fagundes P, Winter G, Bernardes V, Krause M. Estudo longitudinal do nível de atividade física de mulheres idosas. Rev Bras Ativ Fis Saúde 2012; 17(6): 552-561.

Mazo GZ, Mota J, Gonçalves LHT, Matos MG. Nível de Atividade física, condições e características de mulheres idosas brasileiras. Rev Port Cien Desp 2005; 5 (2): 202-205.

Vidmar MF, Poultski AP, Sachetti A, Silveira MM, Wilbelinger LM. Atividade física e qualidade de vida em idosos. Rev Saud Pesq 2011 set/dez; 4(3): 417-424.

Silva M F, Goulart NBA, Lanferdini FJ, Marcon M, Dias CP. Relação entre os níveis de atividade física e qualidade de vida de idosos sedentários e fisicamente ativos. Rev Bras Geriatr Gerontol, Rio de Janeiro 2012; 15(4): 635- 642.

Silva WF, Almeida AR, Santos DT, Silveira MB. Os benefícios da atividade física para qualidade de vida dos idosos em um clube da terceira idade na cidade de Porterinha, MG. Rev Dig Buenos Aires 2010; 15(149) [ acesso em 11 Jul 2013]. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd149/osbeneficios-da-atividade-fisica-para-idosos.htm.

Matsudo SM. Atividade. Atividade física na promoção da saúde e qualidade de vida no envelhecimento. Rev Bras Educ Fís Esp São Paulo 2006 set; 20 (5): 135-137.

Barroso WKS, Jardim PCBV, Vitorino PV, Bittencourt A, Miquetichuc F. Influência da atividade física programada na pressão arterial de idosos hipertensos sob tratamento não-farmacológico. Rev Ass Méd Bras São Paulo 2008 jul/ago; 4 (54): 328-333.

Fleck MP, Chachamovic E, Trentini C. Development and validation of the Portuguese version of the WhOQOL-OLD module. Rev Saúde Pública São Paulo 2006 oct; 40(5): 785- 791.

Cruz APM, Muzzi CMC, Santos MD, Mendonça RC. Estudo comparativo da qualidade de vida de mulheres idosas praticantes e não praticantes de atividade física. Artigo de Geriatria e Gerontologia 2008; 4 (2): 156-161.

Publicado

2015-02-16

Como Citar

Alencar, B. T. de, Pizano, R. E., Barelli, C. S. G. de A. P., & Coelho, F. da P. (2015). Percepção da qualidade de vida entre idosos hipertensos praticantes e não praticantes de exercício físico. Revista Ciência E Estudos Acadêmicos De Medicina, 1(02). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/revistamedicina/article/view/1375

Edição

Seção

Artigos