Massa abdominal cística gigante em recém-nascido – diagnóstico e tratamento
Resumo
Algumas patologias congênitas apresentam em seu curso natural o surgimento de massas abdominais. Possuem etiologias diversas, e em geral, curso benigno. Variam na apresentação clínica de acordo com sexo e idade. Sabe-se que anormalidades ovarianas e da região genital correspondem a 20% de todas as massas abdominais, e cisto ovariano, apesar de incidência discreta, é a causa mais frequente de massa abdominal cística em feto ou recém-nascida, quase nunca neoplasias. Em virtude da possibilidade diagnóstica precoce e apresentação clínica discreta, o presente trabalho retrata um caso de massa abdominal gigante em recém-nascido e a sequência terapêutica de escolha, considerando as hipóteses para a faixa etária em questão. Boa parte dos cistos ovarianos são observados intra-útero, no terceiro trimestre de gestação, com confirmação pós-natal. Assintomáticos, na maioria dos casos. Quando se observa sintomatologia no período neonatal, qualquer cisto ovariano deve ser tratado – seja por meio de conduta expectante, punção aspirativa ou intervenção cirúrgica, pelo risco de complicações. Com isso, tem-se relevância consideração de cisto ovariano como diagnóstico diferencial na presença de massa abdominal em recém-nascidos, com objetivo de implementar diagnóstico precoce e o tratamento, prevenindo complicações, como a perda do ovário, por exemplo.
Palavras-chave: Recém-nascido; Massas abdominais; Cistos ovarianos.
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