Eletroestimulação no tratamento da incontinência urinária de esforço feminina

Autores

  • Claudia Elaine Cestari UNEMAT - Universidade do Estado do Mato Grosso
  • Thiago Henrique Cestari UNEMAT
  • Adriana Saboia da Silva InterFISIO

Resumo

Introdução: A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) é definida pela International Continence Society (ICS) como “uma perda involuntária de urina que ocorre quando, na ausência de contração do músculo detrusor, a pressão intravesical excede a pressão uretral máxima”. Como o próprio nome a define, ela ocorre quando há algum esforço físico, e nunca dissociado deste. A fisiopatologia da IUE envolve principalmente elementos como a alteração da posição da junção vesicouretral e deficiência do esfíncter estriado da uretra, o que contribuem para a má transmissão das pressões vesical e uretral. Vários são os tratamentos disponíveis para este tipo de incontinência. Entre eles encontram-se os cirúrgicos, os tratamentos farmacológicos e os fisioterapêuticos como os cones vaginais, exercícios para o assoalho pélvico, o biofeedback e a eletroestimulação. Objetivo: Verificar os principais parâmetros utilizados para a eletroestimulação como modalidade no tratamento da Incontinência Urinária de Esforço. Materiais e Métodos: Foi realizado revisão de literatura nas principais bases de dados, no período de julho a outubro de 2016, incluindo os descritores Incontinência Urinária de Esforço, Fisioterapia e eletroestimulação Resultados e Discussão: Foi observado que a literatura diverge quanto aos parâmetros utilizados. Entretanto, as correntes elétricas bifásicas com frequência de 50Hz, aplicadas por 30 minutos em dias intercalados, por meio de eletrodos intracavitários, mostraram bons resultados. Conclusão: Os melhores resultados no tratamento da incontinência Urinária de Esforço são obtidos quando há associação da eletroestimulação com as outras modalidades terapêuticas como biofeedback ou exercícios terapêuticos parecem ser mais eficazes do que o uso da eletroestimulação isoladamente.

 

Palavras-chave: Incontinência Urinária por Estresse. Fisioterapia. Estimulação Elétrica.

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Biografia do Autor

  • Claudia Elaine Cestari, UNEMAT - Universidade do Estado do Mato Grosso
    Possui graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitario Católico Salesiano ´Auxilium´ (1985), graduação em Direito pela Universidade Católica de Brasilia (2013), mestrado em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (2004) e doutorado em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília (2009). Atualmente é dedicação exclusiva da Universidade do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde da Mulher, atuando principalmente nos seguintes temas: incontinencia urinaria, fisioterapia, qualidade de vida, eletroestimulação e envelhecimento.
  • Thiago Henrique Cestari, UNEMAT
    Acadêmico de Medicina na Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Adriana Saboia da Silva, InterFISIO
    Fisioterapeuta e Pós-Graduanda em Fisioterapia em UTI neonatal e pediátrica

Referências

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Publicado

2017-04-28

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Eletroestimulação no tratamento da incontinência urinária de esforço feminina. (2017). Revista Ciência E Estudos Acadêmicos De Medicina, 1(06). https://periodicos.unemat.br/index.php/revistamedicina/article/view/1771

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