Ingressantes no curso de Medicina de uma Instituição de Ensino Superior Pública
Resumo
RESUMO
Introdução: O presente artigo busca identificar o perfil sociodemográfico do estudante ingressante no curso de Medicina Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), bem como o motivo de escolha pelo curso. Metodologia: Aplicou-se um questionário aos alunos que ingressaram no curso de Medicina da UNEMAT a partir do semestre letivo 2015/1, perfazendo o total de cinco, das dez existentes turmas, e abrangendo um total de 141 estudantes. Resultados e Discussão: Dos ingressantes no período pesquisado, 76 (54%) são do sexo feminino e 65 (46%) do sexo masculino, revelando o aumento da inserção feminina no curso de Medicina e o futuro equilíbrio com o sexo masculino. A maioria dos alunos do curso de Medicina da instituição é jovem, com idade entre 18 a 23 anos. São advindos de 20 Estados da Federação, prevalecendo estudantes do estado de Mato Grosso, reflexo, provavelmente, da manutenção do ingresso por vestibular próprio no segundo semestre letivo. Mais da metade dos pesquisados estudaram em escolas particulares, tanto no ensino fundamental (52%) quanto no ensino médio (64%) e realizaram cursos preparatórios pré-vestibulares. A vocação pela profissão foi motivo de escolha pela Medicina de 78% dos alunos, optando pela UNEMAT devido à ausência de mensalidade e por não ser aprovado em outra instituição. Dentre os participantes da pesquisa, a infraestrutura não foi apontada como um dos principais motivos pela escolha do curso de Medicina do estabelecimento de ensino. Conclusão: O perfil do estudante que ingressa no curso de Medicina da UNEMAT é jovem, sendo a maioria do sexo feminino, que escolheu a Medicina por vocação a profissão, realizou mais de um vestibular, escolheu a UNEMAT pela ausência de mensalidade e não foi a sua primeira opção de instituição. Espera-se que esses dados possam contribuir com os gestores para elaboração de estratégias de mudanças e para a discussão e reflexão crítica acerca do ensino médico no Brasil.
Palavras-chaves: Educação Médica; Perfil sociodemográfico; Estudante de Medicina.
Downloads
Referências
Brasil. Presidência da República. Lei nº 12.871 de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis n. 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e n. 6.932 de 7 de julho de 1981, e dá outras providências. Brasília;2013.
Brasil. Ministério da Educação. Portaria Normativa n. 015 de 22 de julho de 2013. Política Nacional de Expansão das Escolas Médicas das Instituições Federais de Educação Superior. Brasília;2013.
Nassif, ACN. Escolas médicas no Brasil. Total de Escolas Médicas em atividade no Brasil [online]. Disponível em: http://www.escolasmedicas.com.br.
RESOLUÇÃO nº 039/2011 – Conselho Universitário – CONSUNI. Aprova a abertura do curso de medicina da Universidade do Estado de Mato Grosso. Cáceres; 2010.
Scheffer M, Biancarelli A, Cassenote A. Demografia Médica no Brasil 2015. Departamento de Medicina Preventiva da USP, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Conselho Federal de Medicina. São Paulo; 2014.
RESOLUÇÃO n. 002/2012 - Conselho Curador- CONCUR. Homologa o Estatuto da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT. Cáceres; 2012.
Santos J. Política pública de acesso ao ensino superior: um olhar sobre a utilização do Enem/Sisu na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Em: Anais do XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais. 2011; Salvador-BA: UFBA.
Fiorotti KP, Rossoni RR, Miranda AE. Perfil do Estudante de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo, 2007. Rev Bras Educ Méd. 2010;34 (3):355–362.
RESOLUÇÂO n. 017/2013 – Conselho de ensino, pesquisa e extensão-CONEPE. Institui a politica de ações afirmativas da Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT. Cáceres; 2013.
Moreira SNT. Processo de Significação de Estudantes do Curso de Medicina diante da Escolha profissional e das experiências vividas no cotidiano acadêmico. Rev Bras Educ Méd. 2006;30(2);14-19.
Dini OS, Batista NA. Graduação e prática médica: expectativas e concepções de estudantes de Medicina do 1° ao 6° ano. Rev Bras Educ Méd. 2004;28(3):198-203.
Primi R, Munhoz AM, Bighetti CA, Nucci EPD, Pellegrini MCK, Moggi MA. Desenvolvimento de um inventário de levantamento das dificuldades da decisão profissional. Psicol Reflex Crít (São Paulo). 2000;13(3):451-463.
Oliveira WA, Silva JL, Silva Neto WF. A escolha profissional na adolescência: motivações e apontamentos para a atuação em psicopedagogia. Em: IX Congresso Nacional de Educação-EDUCERE, III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia; 2009; Curitiba-PR: PUCPR
Silva, DBP. A importância da escolha profissional [online]. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0708.pdf
Cardoso Filho FAB, Magalhães JF, Silva KML, Pereira ISSD. Perfil do Estudante de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), 2013. Rev. Bras. Educ. Méd. 2015;39(1):32-40.