Os impactos na saúde do cuidador familiar de pessoas com Doença de Alzheimer: uma revisão bibliográfica
Resumo
Introdução: Em decorrência da constante evolução nas estimativas da população idosa, o índice de doenças características da velhice também tende a aumentar, como, por exemplo, as demências. Em suma, uma das mais frequentes doenças que atingem as funções neurocognitivas de idosos é a denominada Doença de Alzheimer (DA). A doença é degenerativa e acomete progressivamente funções neurológicas e físicas do paciente. Com o declínio das capacidades de autonomia, percepção e locomoção, ao passo que a doença evolui, o sujeito torna-se totalmente dependente de outra pessoa. Objetivo: Identificar os impactos na saúde do cuidador familiar de pessoas com Doença de Alzheimer bem como as estratégias que visam minimizar tais danos decorrentes do processo de cuidar. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada nas seguintes bases de dados científicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Alzheimer Brasil (IAB), PEPSIC, biblioteca eletrônica SciELO e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Conclusão: Na maioria dos casos, o indivíduo eleito para tal cuidado é geralmente um membro da família. Ao passo que a doença avança de estágio, o desgaste físico e emocional do cuidador passa a afetar diretamente a sua própria qualidade de vida. Frente ao desafio da dedicação, o cuidador limita-se a doar seu tempo e energia exclusivamente ao paciente, deixando a mercê todos seus anseios e dificuldades pessoais. A partir dessa realidade, o papel da psicologia torna-se crucial. Visto que a intervenção psicológica beneficia não apenas com o cuidador principal, mas toda a família em questão; e consequentemente o próprio paciente. Assim sendo, o acolhimento e a psicoeducação se fazem indispensáveis no processo de cuidar.
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