Percepção do cenário atual da saúde do homem: dificuldades encontradas por indivíduos masculinos em monitoramento contínuo de pressão arterial e diabetes na procura por assistência de saúde em Cáceres-MT
Resumo
A baixa frequência de homens principalmente nos serviços de atenção primária configura-se como um fator que dificulta a adoção de medidas que venham promover o autocuidado na população masculina, tornando os mesmos dependentes futuramente de cuidados terapêuticos mais avançados, quando se exige maior comprometimento na resolução do problema. O estudo teve como objetivo identificar características sociais, econômicas, socioculturais, hábitos de vida e, principalmente, elementos que dificultem no momento da procura por assistência de saúde pelo público masculino entrevistado. Trata-se de uma pesquisa de campo de natureza descritiva, qualitativa e quantitativa, na Associação Remanso Fraterno João Gabriel, desenvolvida mediante uma entrevista, abordando apenas indivíduos do sexo masculino frequentadores das atividades ali desenvolvidas. Este estudo possibilitou enxergar de forma clara o contexto de vida dos participantes bem como fatores que interferem no processo de busca por serviços de saúde pela população masculina, direcionando a conclusão de que a saúde do homem, em um contexto mais amplo, merece profunda consideração, uma vez que os homens, apesar de serem vistos culturalmente como seres mais resistentes, são susceptíveis às mais variadas interferências patológicas, necessitando serem acolhidos e tratados de acordo com suas particularidades.
Palavras-chave: Saúde do Homem. Comportamento de busca. Acesso aos serviços de saúde.
Downloads
Referências
Courtenay WH. Constructions of masculinity and their influence on men’s well-being: a theory of gender and health. Soc Sci Med 2000; 50:1385-401.
Gomes R, Nascimento EF, Araújo FC. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad Saúde Pública. Rio de Janeiro; 2007 mar; 23 (3): 565- 574 [Acesso em: 11/10/2013] . Disponível em: http: // www.scielo.br/scielo.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: Princípios e diretrizes. Brasília; 2008 [Acesso em: 30/09/2013]. Disponível em: http: www.saude.gov.br.
Associação Paulista de Medicina (APM). O que você precisa saber sobre o Sistema Único de Saúde. São Paulo: Atheneer; 2010.
Figueiredo W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção primária. Ciênc Saúde Coletiva. São Paulo; 2005 ago; 10 (1): 105-109 [Acesso em: 12/10/2013]. Disponível em: http: // www.scielosp.org/pdf/csc/v10n1 .
Julião GG, Weigelt LD. Atenção à saúde do homem em unidades de estratégia de saúde da família. Rev Enferm UFSM. Rio Grande do Sul; 2011 mai/ago; 1(2): 144-152 [Acesso em: 10/10/2013]. Disponível em: http:// cascavel. cpd.ufsm.br/revistas/ojs.
Pinheiro RS, et al. Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Ciênc e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro; 2002 nov; 7 (4): 687-707[Acesso em: 28/09/2013]. Disponível em: http://www.cpqam.fiocruz.br.
Contiero AP, et al. Idoso com hipertensão arterial: dificuldades de acompanhamento na Estratégia Saúde da Família. Rev Gaúcha de Enfermagem. Rio Grande do Sul; 2009 mar; 30(1):62-70 [Acesso em: 31/10/2013] . Disponível em: http://www.scielo.br.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Serviços de Saúde em Cáceres- MT. 2009 [Acesso em: 30/10/2013]. Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Morbidades Hospitalares em Cáceres- MT. 2012 [Acesso em: 31/10/2013]. Disponível em: http//www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.
Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atllas; 2002.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dados Geográficos Cáceres- MT. 2010 [Acesso em: 31/10/2013]. Disponível em: http:// www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.
Carlos PR, et al. Perfil de hipertensos em um núcleo de saúde da família. Arquivo Ciências da Saúde. São Paulo; 2008 out/dez; 15(4): 176-81 [Acesso em: 31/10/2013]. Disponível em: http://www.cienciasdasaude.famerp.br
Veras RFS, Oliveira JS. Aspectos sócios demográficos que influenciam na adesão ao tratamento anti-hipertensivo. Rev Nordeste de Enfermagem. Fortaleza; 2009 jul/set; p. 1 32-138 [Acesso em: 31/10/2013]. Disponível em: http://www.revistarene.ufc.br.
Marconi MA, Lakatos EM. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas; 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília; 2006 [Acesso em: 31/10/2013]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br.
Guiselini M. Aptidão física saúde bem- estar: fundamentos teóricos e exercícios práticos. São Paulo: Phorte; 2006.
Fiocruz. Tabagismo: O mal da destruição em massa. 2014 [Acesso em: 01/11/2013]. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/tabagismo.htm.
Instituto Nacional do Câncer. Tabagismo: Um grave problema de saúde pública. 2007 [Acesso em: 01/11/2013]. Disponível em: http:// www.inca.gov.br/Rbc/n_55/v04/pdf/379_revisao_literatura1.
Anderson L, et al. Nutrição. Rio de Janeiro: Guanabara; 1988.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus. Brasília; 2001 [Acesso em: 31/10/2013]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. A implantação da Unidade de Saúde da Família. Brasília; 2000 [Acesso em: 31/10/2013]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br