GRAVIDEZ EM PORTADORA DE TETRALOGIA DE FALLOT NÃO REPARADA: RELATO DE CASO

Autores

Resumo

Justificativa: As cardiopatias se apresentam como as principais causas não obstétricas de morte materna, sendo que as de origem congênita representam 25% desse grupo. A Tetralogia de Fallot é a cardiopatia congênita cianótica mais comum na infância, com incidência chegando a 10%; quando não corrigidas, 70% das crianças morrem antes de dez anos de vida, embora existam exceções epidemiológicas. A gestação e as modificações fisiológicas que ocorrem nesse período aumentam a morbimortalidade das pacientes com tetralogia de Fallot, particularmente, daquelas com história de síncope, policitemia e hipertrofia ventricular direita. A gestação associada à essas condições parcialmente corrigidas ou não corrigidas, caracteriza a gravidez como de altíssimo risco.Objetivo: Relatar o caso  gestacional de uma paciente com diagnóstico de Tetralogia de Fallot não corrigida. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo do tipo “Relato de Caso” em que as informações foram obtidas por meio de prontuário sucedendo pesquisa bibliográfica sobre o tema para fundamentação teórica. Discussão: De acordo com a classificação desenvolvida pela New York Heart Association – NYHA, baseada na capacidade funcional estimada, a paciente apresentaria um risco de 1 – 30% de mortalidade materna. Avaliou-se ainda o índice de risco materno-fetal, designado pelo estudo CARPREG - Cardiac Disease in Pregnancy obtendo-se um risco de 27% de mortalidade materna. Conclusão: Dessa forma, conclui-se que avaliando os valores epidemiológicos desfavoráveis que envolvia o caso exposto, o desfecho obtido pela paciente e pelo feto foi extremamente favorável.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Thiago Henrique Cestari Souza, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
    Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Bruna Lais Perazzoli, Faculdade Morgana Potrich – FAMP
    Acadêmica do Curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich - FAMP
  • Luiz Eduardo Corbelino Magalhães, Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - FACIMED
    Acadêmico do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - FACIMED
  • Cleiton Dutra Magalhães, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
    Médico Preceptor - Curso de Medicina da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Claudia Elaine Cestari, Universidade do Estado do Mato Grosso - UNEMAT
    Possui graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitario Católico Salesiano ´Auxilium´ (1985), graduação em Direito pela Universidade Católica de Brasilia (2013), mestrado em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (2004) e doutorado em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília (2009). Atualmente é dedicação exclusiva da Universidade do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde da Mulher, atuando principalmente nos seguintes temas: incontinencia urinaria, fisioterapia, qualidade de vida, eletroestimulação e envelhecimento.

Referências

Moreira WR, Andrade LC. Anestesia para gestante cardiopata. Rev Med Minas Gerais. 2009;19(4 Supl1):S21-S62

Lovell AT. Anaesthetic implications of grown-up congenital heart disease. Br J Anaesth. 2004; 93:129-39.

Klein LL, Galan HL. Cardiac disease in pregnancy. Obstet Gynecol Clin North Am. 2004; 31:429-59.

Soares ECS, Bastos CO, Beloni MCL. Anestesia na gestante cardiopata. Rev Med Minas Gerais 2014; 24 (Supl 3): S4-S8. DOI: 10.5935/2238-3182.2014S010

Cappellesso VR, Aguiar AP. Cardiopatias congênitas em crianças e adolescentes. O Mundo da Saúde, São Paulo - 2017;41(2):144-153

Bashore TM. Adult congenital heart disease: right ventricular outflow tract lesions. Circulation. 2007;115(14):1933-47.

Sociedade Brasileira de Pediatria. Tratado de Pediatria. 4. Ed: São Paulo. Editora Manole; 2017.

Morais S, Mimoso G. Oximetria de pulso no diagnóstico de cardiopatia congénita. Sugestões para a implementação de uma estratégia de rastreio. Portuguese Journal of Pediatrics, 2013, 44.6.

Dickey J, Phelan C. Unrepaired Tetralogy of Fallot in Adulthood. N Engl J Med 2020; 382:e97. DOI: 10.1056/NEJMicm1912128

Gerlis LM, Ho SY, Sheppard MN. Longevity in the setting of tetralogy of Fallot: survival to the 84th year. Cardiology in the Young. 2004;14(6):664-6.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. Planejamento familiar na mulher portadora de cardiopatia. Arq Bras Cardiol. 2020; 114(5):849-942.

Silva ML, Fernandes VR. 5.1 Insuficiência Cardíaca Congestiva e Choque Cardiogênico. Manual de Terapêutica: Pediatria, 2017.

Downloads

Publicado

2022-07-26

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

GRAVIDEZ EM PORTADORA DE TETRALOGIA DE FALLOT NÃO REPARADA: RELATO DE CASO. (2022). Revista Ciência E Estudos Acadêmicos De Medicina, 16(1). https://periodicos.unemat.br/index.php/revistamedicina/article/view/5663

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)