Farmacoterapêutica utilizando lítio no tratamento do transtorno bipolar
Resumo
O transtorno bipolar é um dos diversos distúrbios de humor que merece enfoque devido a compreensão apenas parcial de sua fisiopatologia e de suas alterações morfológicas no encéfalo. O pouco que se conhece sobre os desequilíbrios que originam o transtorno bipolar parece ser suficiente para comprovar que o lítio, usado há mais de meio século como terapêutica desse agravo, tem eficácia como farmacoterapêutica. Seu mecanismo de ação apresenta uma difícil compreensão, contudo, a inibição do ciclo do fosfatidilinositol parece ser o principal mecanismo de ação no transtorno bipolar, juntamente com a inibição da enzima GSK-3B. A gama de efeitos adversos decorrentes de seu uso é um obstáculo à adesão ao tratamento, mas ajustando-se a dose é possível reduzir bastante estes efeitos e determinar uma terapêutica eficiente. A metodologia utilizada foi a busca nos sites de bancos de dados MEDLINE, PubMed e Bireme procurando pelos termos bipolar disorder, glycogen sinthase kinase, phosphatidylinositol e lithium. Objetiva-se com este apresentar os principais pontos da literatura mundial disponíveis sobre o transtorno bipolar e sua farmacoterapêutica com lítio.