MORTALIDADE FEMININA POR CAUSAS EXTERNAS EM UMA REGIÃO DE FRONTEIRA: BRASIL – BOLÍVIA

Autores

Resumo

Introdução: A mortalidade feminina no Brasil é crescente e transcendente aos fatores inerentes à maternidade, dando visibilidade preocupante aos óbitos por causas externas e por doenças crônicas não transmissíveis. Em 2013, a região Centro-oeste, ocupou a maior taxa de mortalidade por causas externas no país e Mato Grosso totalizou 23,27% desses registros. Em 2016, 11,2% da taxa de mortalidade por causa externa dessa região retratou os óbitos de mulheres vítimas acidentes de trânsito. Objetivo: conhecer o perfil de mortalidade feminina por causas externas na região de fronteira entre Brasil e Bolívia, especificamente na faixa territorial mato-grossense. Material e Métodos: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo. Foram analisados 608 laudos periciais emitidos pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), por meio do Instituto Médico Legal (IML) do Município de Cáceres, no estado de Mato Grosso nos anos de 2014 a 2016. Dentre esses, foram selecionados 94 laudos correspondentes às vítimas femininas de morte por causas externas e analisado o perfil de mortalidade por idade, cor da pele, mês e ano em que ocorreu o óbito, município, mecanismo causal e alcoolemia. Posteriormente, foi feita uma análise dos dados por meio do software SPSS, versão 20.0. Resultados: Da amostra considerada, 71,3% corresponderam a morte feminina por acidentes, sendo 77% por acidente de transito. Homicídios corresponderam a 18,08%. A faixa etária mais acometida foi de 20 a 59 anos de idade e o munícipio de Cáceres teve a maior prevalência dos óbitos. Conclusão: Acidentes de trânsitos e homicídios foram majoritariamente protagonistas na população fronteiriça estudada, predominando os óbitos em mulheres adultas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Julliana Ferrari Campêlo Libório de Santana, Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado
    Acadêmica do curso de Medicina pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT).

Referências

Ministério da Saúde (BR). Saúde Brasil 2014: uma análise da situação de saúde e das causas externas. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2016: Breve análise da evolução da mortalidade no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE; 2017.

Batista J, Barreto MS, Merino MFGL, Fracasso NV, Baldissera VDA. Perfil epidemiológico da mortalidade por causas externas entre beneficiários de planos de saúde no Brasil. Rev de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro [Internet]. 2018. [acesso em 13 de novembro de 2018]. Disponível em: http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/1870/1854

Waiselfsz JJ. Mapa da violência 2016: Homicídios por amas de fogo no Brasil. Flaxso Brasil. 2016.

Acidentes e Violências [Internet]. 2017. [acesso em 13 de novembro de 2018]. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/acidentes-e-violencias

Jorge MHPM, Koizumi MS, Tono VL. Causas Externas: O que são, como afetam o setor saúde, sua medida e alguns subsídios para a sua prevenção. Rev Saúde - UNG-[Internet]. 2007. [acesso em 13 de novembro de 2018]. Disponível em: http://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/67

Ministério da Saúde. DATASUS. Óbitos por causas externas. [acesso em 13 de novembro de 2018]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/ext10uf.def

Departamento de Informação e Análise Epidemiológica. Painéis Saúde Brasil: mortalidade geral - Causas de óbito. [acesso em 12 fevereiro de 2019]. Disponível em: http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/paineis-de-monitoramento/saude-brasil/mortalidade-geral/

Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF). Rotas do crime: as encruzilhadas do contrabando. [Internet]. [citado 28 de novembro de 2018]. Disponível em: http://www.idesf.org.br/2016/03/03/rotas-do-crime-as-encruzilhadas-do-contrabando

Ministério da Justiça. Segurança, Justiça e Cidadania. Brasília: Secretaria Nacional de Segurança Pública; 2014.

Meneghel SN, Hirakata VN. Femicídios: homicídios femininos no Brasil. Rev. Saúde Pública [Internet]. 2011. [acesso em 02 de novembro de 2018]. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S00349102011000300015&lng=en

Araújo EM, Costa MC, Hogan KV, Mota ELA, Araújo TM, Oliveira NF. Diferenciais de raça/cor da pele em anos potenciais de vida perdidos por causas externas. Rev Saúde Pública. [Internet]. 2009. [acesso em 20 de fevereiro de 2019]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v43n3/7046.pdf

Nunes M. Dinâmicas transfronteiriças e o avanço da violência na fronteira sul-mato-grossense. Boletim regional, urbano e ambiental. [Internet]. 2017. [acesso em 02 de novembro de 2018]. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/7934/1/BRU_n16_Dinamicas.pdf

Davantel PP, Pelloso SM, Carvalho MDB, Oliveira NLB. A mulher e o acidente de trânsito: caracterização do evento em Maringá, Paraná. Rev. bras. epidemiol. [Internet]. 2009. [acesso em 17 de fevereiro de 2019]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415

Organização Pan-Americana da Saúde. Conferência pan-americana sobre segurança no trânsito respostas do setor Saúde ao desafio para um trânsito seguro nas Américas. [Internet]. 2009. [acesso em 17 de fevereiro de 2019]. Disponível em: http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd51/respuestaspt.pdf

Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (SINESP). Diagnóstico dos homicídios no Brasil: subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios. Brasília: Ministério da Justiça; 2015.

Ministério da Saúde (BR). Suicídio. Saber, agir e prevenir. Boletim Epidemiológico. Ministério da Saúde; 2017.

Bordoni LS, Ribeiro DAB, Bordonni PHC. Causa indeterminada de morte: possíveis determinantes e implicações para a medicina legal da ausência do serviço de Verificação de Óbitos. Rev Brasileira de Ciências Forenses, Direito Médico e Bioética. [Internet]. 2017. [acesso em 20 de fevereiro de 2019]. Disponível em: https://www.google.com/search?q=tradutor+ingles+portugue&oq=TRAD&aqs=chrome.1.69i57j69i59l2j0l3.2829j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8/

Downloads

Publicado

2021-10-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

MORTALIDADE FEMININA POR CAUSAS EXTERNAS EM UMA REGIÃO DE FRONTEIRA: BRASIL – BOLÍVIA. (2021). Revista Ciência E Estudos Acadêmicos De Medicina, 1(14). https://periodicos.unemat.br/index.php/revistamedicina/article/view/5448

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)