PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA NO ESTADO DE MATO GROSSO
Palavras-chave:
Intoxicação, Notificação Compulsória, Epidemiologia, Sistema de Informações de Agravos de NotificaçãoResumo
Objetivo: Delinear o perfil epidemiológico das notificações compulsórias por intoxicação exógena no Estado do Mato Grosso entre 2012 e 2022. Métodos: Estudo epidemiológico, descritivo e transversal, com dados coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/MT), disponibilizados pelo DwWeb. Resultados: Foram notificados 9857 casos, com maior prevalência no sexo feminino (55,51%) e a faixa etária mais acometida foi a dos 15 aos 39 anos (57,89%). Os agravos ocorreram, principalmente, na residência (66,26%), sendo registrados, mais comumente, na zona urbana (71,04%). O principal agente tóxico não foi preenchido na maioria dos casos, sendo selecionado como ignorado/branco (41,77%). A mais frequente circunstância descrita nos casos de intoxicação exógena foi a tentativa de suicídio (n=3435), seguida de exposição acidental (n=2543). Houve predomínio da intoxicação do tipo aguda-única (71,97%). Do total, 79,39% evoluíram para cura sem sequelas e apenas 35,92% necessitaram de hospitalizações. Conclusão: Em geral, os casos de intoxicação exógena ocorreram com maior frequência em pessoas do sexo feminino, entre os 15 e 39 anos, residentes da zona urbana, por meio de um envenenamento agudo-único, decorrente de tentativa de autoextermínio. No entanto, esses resultados devem ser analisados com cautela devido à subnotificação de casos, além do preenchimento incorreto das fichas de notificação.
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