CUSTOS ASSIMÉTRICOS EM EMPRESAS BRASILEIRAS DO AGRONEGÓCIO

Conteúdo do artigo principal

Carlos Viegas Neto
https://orcid.org/0000-0003-1695-5832
Ângela Rozane Leal de Souza

Resumo

O estudo investiga a assimetria de custos nas empresas brasileiras do agronegócio. Mediante análise de regressão múltipla, a pesquisa tem por objetivo analisar a relação dos custos de mão de obra e a oferta de crédito com a assimetria dos custos dessas empresas. A pesquisa caracteriza-se como quantitativa, descritiva e documental. Sua amostra é composta por 8 empresas listadas na bolsa de valores e que constam no segmento Carnes e Derivados ou no segmento Agricultura. Os resultados apontaram para um comportamento anti-sticky nos custos das empresas. Além disso, verificou-se que a variável mão de obra é um componente importante para explicar a assimetria de custos das empresas, diferentemente da variável de oferta de crédito, a qual não se mostrou significante. Como contribuição o estudo auxilia na tomada de decisão das empresas, em razão de que evidencia a forte redução dos custos com a diminuição da capacidade produtiva.

Detalhes do artigo

Como Citar
CUSTOS ASSIMÉTRICOS EM EMPRESAS BRASILEIRAS DO AGRONEGÓCIO. (2022). Revista UNEMAT De Contabilidade, 10(20), 81-94. https://doi.org/10.30681/ruc.v10i20.5454
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Carlos Viegas Neto, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestrando em Ciências Contábeis na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Ângela Rozane Leal de Souza, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora em Agronegócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Docente do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Como Citar

CUSTOS ASSIMÉTRICOS EM EMPRESAS BRASILEIRAS DO AGRONEGÓCIO. (2022). Revista UNEMAT De Contabilidade, 10(20), 81-94. https://doi.org/10.30681/ruc.v10i20.5454

Referências

Anderson, M.C., Banker, R. D., & Janakiraman, S. N. (2003). Are selling , general and administrative costs “sticky”?. Journal of Accounting Research, 41(1), 47-63.

Banco Central do Brasil. (2020). Relatório de Estabilidade Financeira. https://www.bcb.gov.br/publicacoes/ref.

Carvalho, C. J., & Schiozer, R. F. (2015). Determinantes da oferta e da demanda de créditos comerciais por micro, pequenas e médias empresas. Revista Contabilidade & Finanças, 26(68), 208-222.

Chen, C., & Kieschnick, R. (2018). Bank credit and corporate working capital management. Journal of Corporate Finance, 48, 579-596.

Chen, J. V., Kama, I., & Lehavy, R. (2019). A contextual analysis of the impact of managerial expectations on asymmetric cost behavior. Review of Accounting Studies, 24, 665–693.

Cheng, S., Jiang, W., & Zeng, Y. (2018). Does access to capital affect cost stickiness? evidence from china. Asia-Pacific Journal of Accounting & Economics, 25(1-2), 177-198.

Cheung, J., Kim, H, Kim, S., & Huang, R. (2018). Is the asymmetric cost behavior affected by competition factors? Asia-Pacific Journal of Accounting & Economics, 25(1–2), 218–234.

Devalkar, S. K., & Krishnan, H. (2019). The impact of working capital financing costs on the efficiency of trade credit. Production and Operations Management, 28(4), 878–889.

Franklin, J., Rostom, M., & Thwaites, G. (2019). The banks that said no: the impact of credit supply on productivity and wages. Journal of Financial Services Research, 57, 149–179.

Gil, A. C. (2012). Métodos e técnicas de pesquisa social. (6a ed.). Atlas.

Golden, J., Mashruwala, R., & Pevzner, M. (2020). Labor adjustment costs and asymmetric cost behavior: an extension. Management Accounting Research, 46, 1-10.

Hassanein, A., & Younis, M. (2020). Cost stickiness behavior and financial crisis: evidence from the UK chemical industry. Corporate Ownership & Control, 17(2), 46-56.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). Sistema IBGE de Recuperação automática. https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6784#resultado.

Jung, J. H., & Limb, D. G. (2020). Industrial robots, employment growth, and labor cost: a simultaneous equation analysis. Technological Forecasting & Social Change, 159, 1-11.

Kumar, A., & Nagpal, S. (2011). Strategic cost management – suggested framework for 21st Century. Journal of Business and Retail Management Research, 5(2), 118-130.

Lawrenz, J., & Oberndorfer, J. (2018). Firm size effects in trade credit supply and demand. Journal of Banking and Finance, 93, 1–20.

Ludwig, M. J., Borgert, A., & Kremer, A. W. (2016). Desoneração da folha de pagamento e comportamento dos custos em empresas de construção civil. Pensar Contábil, 18(66), 14-23.

Malik, M. (2012). A Review and Synthesis of 'Cost Stickiness' Literature. (Working Paper) 2-41. https://ssrn.com/abstract=2276760.

Medeiros, O. R., Costa, P. S., & Silva, C. A. T. (2005). Testes empíricos sobre o comportamento assimétrico dos custos nas empresas brasileiras. Revista Contabilidade & Finanças, 38, 47-56.

Mian, A., Sufi, A., & Verner, E. (2020). How does credit supply expansion affect the real economy? the productive capacity and household demand channels. The Journal of Finance, • 75(2), 949-994.

Raupp, F. M., & Beuren, I. M. (2013). Metodologia da pesquisa aplicável às ciências sociais.

In I. M. Beuren (Org.) Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade (3a ed., Cap. 3, pp. 76-97). Atlas.

Reis, L. S., & Borgert, A. (2019). Análise conjunta de fatores explicativos para o comportamento assimétrico dos custos. Revista Contemporânea de Contabilidade. 16(40), 91-109.

Richartz, F., Borgert, A., & Lunkes, R. J.(2014). Comportamento assimétrico dos custos nas empresas brasileiras listadas na bm&fbovespa. Advances in Scientific and Applied Accounting, 7(3), 339-361.

Russo, C. P. (2017). Sticky costs: uma análise crítica da teoria e metodologia utilizada em trabalhos publicados sobre o comportamento de custos. (Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Contabilidade, Universidade de São Paulo).

Salento, A., Masino, G., & Berdicchia, D. (2013). Financialization and organizational changes in multinational enterprises. Revue d'Economie Industrielle, 144(4), 145-176.

Via, N. D., & Perego P. (2014). Sticky cost behaviour: evidence from small and medium sized companies. Accounting and Finance,54, 753-778.

Weiss, D. (2010). Cost behavior and Analysts’ earnings forecasts. The Accounting Review, 85(4), 1441-1471.