NAVALHA NA CARNE, DE PLÍNIO MARCOS: UM JOGO DE ESPELHOS FRATURADOS
Resumo
O presente artigo expõe uma apreciação do texto dramático Navalha na carne (1967), do escritor brasileiro Plínio Marcos de Barros, visando a demonstrar como a obra se estrutura num denso conflito existencial entre os personagens. A agressão que nasce dos diálogos plinianos, nessa peça, não condiz apenas à condição de extrema marginalidade social do qual os personagens provêm, mas exibe uma profunda angústia, cuja raiz permanece obscura, mas seu efeito é explicitado no combate dialogal incessante entre as criaturas dramáticas. Para aprofundar nosso raciocínio, fundamentamo-nos, especialmente, nas ideias dos seguintes autores: Jean-Paul Sartre (2011), Helciclever Barros da Silva Vitoriano (2012), Paulo Roberto Vieira de Melo (1993).
Downloads
Referências
BACHELARD, Gastón. A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação da
matéria. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
BALL, David. Para trás e para frente: uma guia para leitura de peças
teatrais. Tradução de Leila Coury. São Paulo: Perspectiva, 1999.
BARBOSA, Sidney. ?Hui Clos de Jean-Paul Sartre: o duro olhar do outro
no teatro existencialista?. Revista Reencontros (PUC-SP), São Paulo,
nº 10, p.163-182, junho, 2005.
BOAL, Augusto. Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas. 6ª
edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Trad. Maria Helena Kühner.
ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
BULFINCH, Thomas. O livro de Ouro da Mitologia (a Idade da Fábula):
História de Deuses e Heróis. Tradução de David Jardim Júnior. Rio de
Janeiro: Ediouro, 26ª Edição, 2002.
ESSLIN, Martin. Uma anatomia do drama. Tradução de Barbara
Heliodora. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
FERREIRA, Eliza Redondo. Espelho de papel: um espelhamento entre
Machado e Tchekhov. 2001. Dissertação (Mestrado em Estudos
Literários) UNESP Araraquara/São Paulo, 2001.
LIMA. Rainério dos Santos. Inútil pranto para anjos caídos: Mimeses e
representação social no teatro de Plínio Marcos. Dissertação (Mestrado
em Literatura e Cultura: Tradição e Modernidade) João Pessoa Paraíba,
MICHALSKI, Yan. A navalha na nossa carne, 1967. In: MARCOS, Plínio.
Sítio oficial. Disponível em: <http://www.pliniomarcos.com>. Acessado
em 10/01/2012, às 18 horas.
PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. São Paulo: Editora Perspectiva.
PRADO, Décio de Almeida. ?Navalha na carne?. (Crítica de 1967). In:
PRADO, Décio de Almeida. Exercício Findo: Crítica Teatral (1964-1968).
São Paulo: Perspectiva.
ROSENFELD, Anatol. O Teatro Épico. 6ª edição. São Paulo: Perspectiva,
SANCHES NETO, Miguel. O inferno segundo Sartre. In: SARTRE, Jean-
Paul. Entre quatro paredes. Tradução de Alcione Araújo e Pedro Hussak.
Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 6ª Edição, 2011, p. 9-21.
SARTRE, Jean-Paul. Entre quatro paredes. Tradução de Alcione Araújo e
Pedro Hussak. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 6ª Edição, 2011.
SILVA, F. L. Ética e literatura em Sartre: ensaios introdutórios. São
Paulo: Editora da UNESP, 2004.
SZONDI, Peter. Teoria do Drama Moderno (1880-1950). Tradução de
Luiz Sérgio Repa. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.
VIEIRA DE MELO, Paulo Roberto. Plínio Marcos: a flor e o mal. São
Paulo: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo,
(Tese de Doutorado).
VITORIANO, Helciclever Barros da Silva. Navalha na carne, Entre quatro
paredes: imagens especulares e infernais. Brasília: Universidade de
Brasília, 2012.