AUTORREFLEXIVIDADE E PÓS-MODERNISMO: BORGES, BARTH E CALVINO NO JARDIM DAS VEREDAS QUE SE BIFURCAM
Resumo
A autorreflexividade é um recurso estético que compareceu em diversos momentos da história da literatura. Se em uma narrativa o objeto da narração passa a ser a metalinguagem, ou seja, se a literatura se debruça sobre a própria literatura, ela assume em seu espaço ficcional a autorreflexividade. Na tendência pós-moderna da literatura, a autorreflexividade comparece com frequência na trama das narrativas como estratégia para externar a revisão crítica da materialidade literária em sua ligação irônica com as obras do passado e do presente. As narrativas autorreflexivas pós-modernas problematizam a condição enunciativa da arte literária, evidenciando sua contingência: entre a instância da produção e da recepção há o texto que se metamorfoseia continuamente. As narrativas de Jorge Luis Borges, de Jonh Barth e de Ítalo Calvino serão aqui tomadas para iluminar as reflexões entre autorreflexividade e pós-modernismo.
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