UM BAEDEKER DAS GALÁXIAS: UM ESTUDO DO POEMA “ISTO NÃO É UM LIVRO”

Autores

  • Ana Carolina Lopes Costa

Resumo

Este artigo tem como objetivo um estudo dos caracteres que compõem o fragmento de Galáxias, “isto não é um livro de viagem”. De linguagem pródiga, festa da proliferação de significantes, os signos nos conduzem por viagens no tempo e no espaço. Os percursos narrativos aportam na Igreja de São Francisco, situada na capital do Estado da Paraíba, e na Cathédrale de l’Exaltation de la Sainte Croix, uma das igrejas ortodoxas situadas na Europa Ocidental. São assuntos também os assassinatos de “miss strombolli” e de uma “pobre prostituta paraibana”. Os versos narram as “sortes” das duas mulheres tão distantes geográfica e culturalmente, mas aproximadas pelo mesmo destino. Do ponto de vista formal, é mister mencionar o neobarroco, posto nas condensações, na mobilidade da linguagem, na polifonia de vozes – por meio do enxerto de outros idiomas – na desconstrução da linearidade do tempo. O texto em pauta ratifica a visada neobarroca da poesia de Haroldo de Campos: como infinitas estrelas, as letras minúsculas formam o discurso sem pontuação, interrompido, apenas, pela “poeira” do branco, no verso de cada página. O trabalho intenso com a massa de sons, imagens e sentidos faz do livro um caleidoscópio neobarroco, ou móbile estelar de 2 mil versículos distribuídos em 50 “cantos galácticos”.

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Publicado

2017-05-16

Como Citar

Lopes Costa, A. C. (2017). UM BAEDEKER DAS GALÁXIAS: UM ESTUDO DO POEMA “ISTO NÃO É UM LIVRO”. Revista Alere, 14(2), 139–157. Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/alere/article/view/1928

Edição

Seção

ARTIGOS