DOIS IRMÃOS OU UM ‘EU’ DIVIDIDO
Resumo
Este artigo tem por finalidade analisar as imagens do Líbano presentes em Dois irmãos (2000), de Milton Hatoum. A ênfase memorialística do romance proporciona um conjunto de imagens orientais que, embora não se prendam ao aspecto da materialidade direta, se coadunam e se colam a imagens inerentes a múltiplas nacionalidades. São conjuntos imagéticos que desenham uma espécie de mosaico identitário capaz não somente de surpreender a condição diaspórica dos povos oriundos do Oriente Médio, radicados em Manaus nos primeiros decênios do século XX, mas a trajetória humana em busca da sobrevivência. Para demonstrar como a materialidade funciona, em Dois irmãos, apenas como topos das construções identitárias, nossa análise parte das localizações espaciais, relativas, sobretudo à imagem da casa, que aqui temos como repositório imagético, para a apreensão da complexidade cultural que é construída no cerne da narrativa.
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Referências
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