BREVE PASSAGEM DE DRUMMOND PELO FANTÁSTICO

Autores

  • MARIA HELOÍSA MARTINS DIAS UNESP

Resumo

É bem possível que o conto “O Gerente” (1945),
do escritor Carlos Drummond de Andrade, seja desconhecido do leitor brasileiro, mais familiarizado com sua poesia. Entretanto, a peculiaridade de sua linguagem narrativa e o tratamento dado ao fantástico despertam interesse pelo texto, o qual desafia as possibilidades de investigação literária. O humor, um dos traços mais presentes na poética de Drummond, se converte em uma estratégia estilística com curiosos efeitos de sentido, assim como os aspectos estruturais da narrativa. Já o fantástico, categoria que Drummond não cultivou, aparece de modo inusitado em sua narrativa. Nosso propósito é analisar os procedimentos de construção discursiva que permitem estabelecer diferenças entre a tradição e os novos paradigmas do gênero fantástico. Para isso, buscaremos destacar fragmentos do conto que permitam a discussão de algumas questões, como as convenções sociais, o cotidiano, o sentimento amoroso, a tensão criada entre a comicidade e o trágico.

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Referências

ANDRADE, Carlos Drummond de. O Gerente. 2 ed. Rio de Janeiro, Record, 2009.

BAKHTIN, Mikail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.

KAYSER, Wolfgang. O grotesco: configurações na pintura e na literatura. São Paulo: Perspectiva, 1986.

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Publicado

2015-06-07

Como Citar

DIAS, M. H. M. (2015). BREVE PASSAGEM DE DRUMMOND PELO FANTÁSTICO. Revista Alere, 5(1), 17. Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/alere/article/view/519

Edição

Seção

ARTIGOS