KLEBER MENDONÇA FILHO, O DIRETOR DO ANTIGÊNERO CINEMATOGRÁFICO: POLÍTICA E SOCIEDADE

Autores

  • BENTO MATIAS GONZAGA FILHO

Palavras-chave:

Kleber Mendonça Filho. Antigênero cinematográfico. Política. Sociedade.

Resumo

Este artigo procura iluminar com o foco
da reflexão a acuidade da obra do cineasta brasileiro
Kleber Mendonça Filho. Desde a sua estreia com O
som ao redor, em 2012, seus filmes têm-se destacado
pelo tratamento cuidadoso na elaboração de imagens
e sons, num estilo próprio inconfundível, que pode ser

percebido também em Aquarius, de 2016 e Bacurau
(com Juliano Dornelles), de 2019. Além de tratar do
próprio ambiente de vida e dos assuntos locais, tem,
antes de tudo, uma consciência de gênero, por meio da
qual seus filmes não apenas negociam uma realidade
brasileira, mas também fazem parte do cinema mundial.
Sua percepção de modelos estéticos é por um lado sutil
e por outro se caracteriza pelo uso não convencional de
gêneros cinematográficos. Na verdade, ele os transforma
em seus opostos e, assim, permite que as expectativas
corram em outras direções. Pode-se dizer que Mendonça
Filho produz uma espécie de cinema antigênero que,
para além de suas implicações estéticas, pode ser
interpretado não apenas como uma postura artística,
mas também como um posicionamento político.

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Publicado

2021-10-16

Como Citar

MATIAS GONZAGA FILHO, B. (2021). KLEBER MENDONÇA FILHO, O DIRETOR DO ANTIGÊNERO CINEMATOGRÁFICO: POLÍTICA E SOCIEDADE. Revista Alere, 22(2), 71–88. Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/alere/article/view/5889

Edição

Seção

ARTIGOS