UM OLHAR PÓS-CRÍTICO DAS METÁFORAS DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NO CONTEXTO AMAZÔNICO

Resumo

Reconhecemos, no contexto das “Diásporas amazônicas: língua, cultura e educação sob o signo da diversidade”, que a interpretação dos processos de comunicação e expressão da Língua Brasileira de Sinais (LBS) no contexto amazônico, tanto no sentido literal ou metafórico, é um fator que define a metáfora como figura de linguagem. Nesse cenário, o presente estudo e pesquisa deve como objetivo registrar as metáforas utilizadas nos processos de comunicação e expressão no contexto amazônico da  Licenciatura em Letras Libras da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). A metodologia da pesquisa foi construída nos pressupostos dos estudos surdos pós-críticos com base em Meyer e Paraíso (2012), que asseguram ser possível
pesquisarmos sem um método previamente definido a seguir. Com os pressupostos teóricos do tema pesquisado, podemos
definir o modo como construirmos nossas próprias pesquisas. Nesse sentido, buscamos os pressupostos teóricos de Faria
(2003), os quais sustentam existir uma relação metafórica na semelhança de iconicidade presente nos sinais metafóricos
em língua de sinais quando um termo é usado para se referir a outro termo. Neste rumo, Monte (2016) apresenta pressupostos teóricos que nos revelam que as metáforas na Língua Brasileira de Sinais ocorrem por meio dos sinais nos processos de configurações dos sinais. Os pressupostos teóricos sobre metáforas da língua de sinais brasileira identificados neste estudo e pesquisa contribuem para a construção de procedimentos metodológicos para o registro dos sinais utilizados nas metáforas das línguas de sinais. Os resultados demostram que metáforas, empregadas pelas comunidades surdas no contexto da licenciatura em Letras Libras, são construídas considerando os artefatos da cultura e identidade do povo surdo do estado de Rondônia.