A ATLÂNTIDA AMAZÔNICA DE “MÃE-D’ÁGUA, GUARDIÃ DOS RIOS”, CONTO DE ARTHUR ENGRÁCIO

Autores

  • Jandir Silva dos Santos
  • Vinicius Milhomem Brasil
  • Cássia Maria Bezerra do Nascimento

Palavras-chave:

Residualidade, Conto de Fadas, Arthur Engrácio, Amazônia, Imaginário

Resumo

Ao retomar a geografia das acrópoles subaquáticas descritas na mitologia grega por Franchini e Seganfredo (2003), no conto “A pequena sereia”, de Hans Christian Andersen (2013), e na obra Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato (2014), este trabalho intende traçar paralelos residuais entre tais estruturas e as instalações reais descritas por Arthur Engrácio (1995), em seu conto “Mãe-d’Água, guardiã dos rios”, que aqui será abordado enquanto conto de fadas, de acordo com a compreensão que Tolkien (2010) faz de tais narrativas. Resgatando estruturas medievais, tanto geográficas quanto hierárquicas, ao configurar a entidade-título como uma soberana dos cursos fluviais, Engrácio não apenas miscigena aspectos da tradição feudal com elementos do folclore amazônico, mas, com base em tal comunhão, confere também viés ecocrítico à narrativa, conforme nos fala Garrad (2006), plenamente percebido somente pela observação da anatomia de tais estruturas, seus componentes residuais e a ressignificação de elementos medievais e folclóricos, nativos da Amazônia. No que diz respeito à mitologia amazônica, recorreremos aos escritos de Krüger (2011) e ao Dicionário do Folclore Brasileiro de Cascudo (2012) para mapearmos o que se diz acerca da figura da Mãed’Água, a fim de que a versão de Engrácio possa ser devidamente reconstruída, segundo os postulados de Roberto Pontes (2006). Este trabalho foi orientado por Profª Drª Cássia Maria Bezerra do Nascimento.

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Publicado

2022-05-25

Edição

Seção

ARTIGOS DO DOSSIÊ TEMÁTICO

Como Citar

Silva dos Santos, J., Milhomem Brasil, V., & Bezerra do Nascimento, C. M. (2022). A ATLÂNTIDA AMAZÔNICA DE “MÃE-D’ÁGUA, GUARDIÃ DOS RIOS”, CONTO DE ARTHUR ENGRÁCIO. Revista Alere, 23(1), 139-151. https://periodicos.unemat.br/index.php/alere/article/view/6265