Caracterização de traqueostomia em crianças e adolescentes em um serviço de atenção terciária/ Characterization of tracheostomy in children and adolescents in a tertiary care service/ Caracterización de la traqueotomía en niños y adolescentes en un servicio de tercer nivel de atención

Autores

Palavras-chave:

Traqueostomia, Mortalidade, Comorbidade, Genética, Criança

Resumo

Objetivo: descrever o perfil de indicações, comorbidades e complicações pós-operatórias precoces de crianças e adolescentes submetidos à traqueostomia em um hospital referência brasileiro. Método: estudo retrospectivo, transversal e quantiativo, com análise de prontuários eletrônicos de crianças e adolescentes submetidos à traqueostomia em um hospital de Botucatu, São Paulo, Brasil, no periodo de 2013 a 2019. A amostra foi comparada mediante a divisão de presença e ausência de complicações pós-operatórias precoces, no que se refere ao sexo, idade, síndrome, óbito, caráter eletivo ou de urgência/emergência e peso ao nascer. Resultados: entre 100 prontuários, 55% do sexo masculino, com média de 3,03±3,10 anos. Foram identificadas 12 diferentes síndromes em 16 pacientes. No que se refere às complicações pós-operatórias precoces, a rolha foi a mais frequente (13%), e esteve associada a presença de síndromes (p=0,01). O motivo mais identificado da traqueostomia foi a intubação orotraqueal prolongada, enquanto 44% evoluíram a óbito devido a gravidade da doença de base. Conclusão: a traqueostomia em crianças é um procedimento seguro, com indicação mais frequente por intubação prolongada, em portadores de síndromes genéticas menores de um ano de idade. Complicação como rolha é comum, associado a síndrome.

Referências

Freeman BD. Tracheostomy update: when and how. Crit Care Clin. 2017; 33(2):311-322.

Pacheco AE, Leopold E. Tracheostomy in children: recommendations for a safer technique. Semin Pediatr Surg. 2021; 30(3):151054.

Watters KF. Tracheostomy in infants and children. Respir Care. 2017; 62(6): 799–825.

Smith MM, Benscoter D, Hart CK. Pediatric tracheostomy care updates. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2020; 28(6):425-429.

Oyarzún I, Conejero MJ, Adasme R, Pérez C, Segall D, Vulletin F, et al. Pediatric tracheostomy: Ten year experience in an Intensive Care Unit. Andes Pediatr. 2021; 92(4):511-518.

Lubianca Neto JF, Castagno OC, Shuster AK. Complicações de traqueostomia em crianças: uma revisão sistemática. Braz J Otorhinolaryngol. 2022; 88(6):882-90.

Itamoto CH, Lima BT, Sato J, Fujita RR. Indications and complications of tracheostomy in children. Braz J Otorhinolaryngol. 2010; 76(3):326-31.

Sakai M, Kou YF, Shah GB, Johnson RF. Tracheostomy demographics and outcomes among pediatric patients ages 18 years or younger-United States 2012. Laryngoscope. 2019; 129(7):1706-1711.

Von Elm E, Altman DG, Egger M, Pocock SJ, Gøtzsche PC, Vandenbroucke JP, et al. Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. BMJ. 2007; 335:806–8.

Guedes RRL, Soares JMA, Pinheiro MB, Fontes JS. Perfil de prematuridade e adequação neonatal de peso em maternidade de minas gerais e comparação com literatura médica. Rev Pediat. 2022; 12(1).

Chia AZH, Ng ZM, Pang YX, Ang AHC, Chow CCT, Teoh OH, et al. Epidemiology of pediatric tracheostomy and risk factors for poor outcomes: an 11-year single-center experience. Otolaryngol Head Neck Surg. 2020; 162(1):121-8.

Seligman KL, Liming BJ, Smith RJH. Pediatric tracheostomy decannulation: 11-year experience. Otolaryngol Head Neck Surg. 2019; 161(3):499-506.

Schweiger C, Manica D, Becker CF, Abreu LSP, Manzini M, Sekine L, et al. Traqueostomia em crianças: uma experiência de dez anos em um centro terciário do Sul do Brasil. Braz J Otorhinolaryngol. 2017; 83(6):627-32.

Soares MCCX, Westphal FL, Luiz CL, Medeiros JM. Elaboração de protocolo de condutas em traqueostomias no hospital de referência de tratamento do câncer do amazonas. Rev Col Bras Cir. 2018; 45(4):e1744.

Lele SJ, Stephen S, Raman EV. Changing indications for pediatric tracheotomy: an urban Indian Study. Indian J Otolaryngol Head Neck Surg. 2019; 71(Suppl 1):501-5.

Zhou T, Wang J, Zhang C, Zhang B, Guo H, Yang B, et al. Tracheostomy decannulation protocol in patients with prolonged tracheostomy referred to a rehabilitation hospital: a prospective cohort study. J Intensive Care. 2022; 10(1):34.

Haring CT, Farlow JL, Leginza M, Vance K, Blakely A, Lyden T, et al. Effect of augmentative technology on communication and quality of life after tracheostomy or total laryngectomy. Otolaryngol Head Neck Surg. 2022; 167(6):985-90.

Mallory PP, Barbaro RP, Bembea MM, Bridges BC, Chima RS, Kilbaugh TJ, et al. Tracheostomy and long-term mechanical ventilation in children after veno-venous extracorporeal membrane oxygenation. Pediatr Pulmonol. 2021; 56(9):3005-12.

Reis JMC, Wanzeller RRM, Meireles WM, Andrade MC, Gomes VHGA, Arrais JAA, et al. Perfil socioeconômico e demográfico de pacientes internados por complicações nos pés diabéticos em um hospital terciário em Belém - Pará. Rev Col Bras Cir. 2020; 47:e20202606.

Viana PVS, Redner P, Ramos JP. Fatores associados ao abandono e ao óbito de casos de tuberculose drogarresistente (TBDR) atendidos em um centro de referência no Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saude Publica. 2018; 34(5):e00048217.

Freitas-Lima P, Monteiro EA, Macedo LRH, Funayama SS, Ferreira FIS, Matias Júnior I, et al. O contexto social e a necessidade de informações de pacientes com epilepsia: avaliando um serviço terciário de referência. Arq Neuropsiquiatr. 2015; 73(4):298-303.

Din TF, McGuire J, Booth J, Lytwynchuk A, Fagan JJ, Peer S. The assessment of quality of life in children with tracheostomies and their families in a low to middle income country (LMIC). Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020; 138:110319.

Wooldridge AL, Carter KF. Pediatric and Neonatal Tracheostomy Caregiver Education with Phased Simulation to Increase Competency and Enhance Coping. J Pediatr Nurs. 2021; 60:247-51.

Chang J, Sidell DR. Tracheostomy in Infants in the Neonatal Intensive Care Unit. Neoreviews. 2020; 21(5):e323-e334.

Windsor AM, Kiell EP, Sobol SE. Predictors of the need for tracheostomy in the neonatal intensive care unit. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020; 135:110122.

Downloads

Publicado

2022-12-01

Como Citar

Ranzani, E. de P., Fontana Garcia, A. L., Corrêa, C. de C., Dias, E. B., Santana, R. B., & Weber, S. A. T. (2022). Caracterização de traqueostomia em crianças e adolescentes em um serviço de atenção terciária/ Characterization of tracheostomy in children and adolescents in a tertiary care service/ Caracterización de la traqueotomía en niños y adolescentes en un servicio de tercer nivel de atención. Journal Health NPEPS, 7(2). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/jhnpeps/article/view/10441

Edição

Seção

Artigo Original/ Original Article/ Artículo Originale