Animais peçonhentos de importância médica no município do Rio de Janeiro / Animals of venom of medical importance in the municipality of Rio de Janeiro / Animales venenosos de importancia médica en el municipio de Río de Janeiro
Palavras-chave:
Animais Peçonhentos, Epidemiologia, Sistemas de Informação em SaúdeResumo
Objetivo: apresentar a biologia e distribuição da fauna de animais peçonhentos de interesse médico existentes no município do Rio de Janeiro, assim como formas de prevenção e de tratamento dos possíveis acidentes Método: estudo exploratório e quantitativo, em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, analisando os acidentes entre os anos de 2007 a 2015 compreendidos nesse município. Resultados: no Rio de Janeiro os acidentes ofídicos são os que apresentam maior número de notificações, principalmente com as serpentes do gênero Bothrops, seguido pelo acidentes por aranhas. A maioria das notificações dos acidentes por aranhas não há identificação do gênero causador do acidente, em virtude da dificil identificação por parte das equipes de saúde. Conclusão: em função da grande biodiversidade de fauna de animais peçonhentos e da distribuição frequentemente alterada pela ação do homem no meio ambiente, os perfis de acidentes variam regionalmente no país. Desta forma, estudos epidemiológicos regionais são de extrema importância no desenvolvimento de políticas públicas de saúde.
Referências
Mise YF, Lira-da-Silva R, Carvalho FM. Envenenamento por serpentes do gênero Bothrops no Estado da Bahia: aspectos epidemiológicos e clínicos. Rev Soc Bras Med Trop. 2007; 40(5): 569-73.
WHO. Rabies and Envenenomings. A neglected public health issue. Report of a consultative meeting. Geneva: WHO; 2007.
FUNASA. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: FUNASA; 2001.
Bochner R, Fiszon J, Machado C. A profile of snake bites in Brazil, 2001 a 2012. J Clin Toxicol. 2014; 4:(3): 100194.
Dean W. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras; 1995.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Banco de dados. Cidades. Rio de Janeiro; 2010 [acesso em 2017 jan. 10]. Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php.
Campbell JA, Lamar WM. The venomous reptiles of the Western Hemisphere. Ithaca: Cornell University Press; 2004.
Sazima I. Um estudo da biologia comportamental da jararaca, Bothrops jararaca, com uso de marcas naturais. Mem Inst Butantan. 1988; 50:83-89.
Sazima I. Natural history of the jararaca pitviper, Bothrops jararaca, in South-eastern Brazil. In: Campbell JA, Brodie ED. Texas: Biology of the pitvipers; 1992.
Marques OAV, Sazima I. Historia Natural dos Répteis da Estação Ecológica Juréia-Itatins. In: Marques OAV, Duleba W. Estação Ecológica Juréia-Itatins: Ambiente Físico, Flora e Fauna. Ribeirão Preto: Holos Editora; 2004.
França OSF, Malaque CMS. Acidente botrópico. In: Cardoso JLC, França FOS, Wen FH, Málaque CMS, Haddad Júnior V. Animais peçonhentos no Brasil: Biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier; 2009.
Machado C, Bochner R. A informação dos acidentes crotálicos no Estado do Rio de Janeiro, 2001 a 2010. Gaz med Bahia. 2012; 82(1):78-84.
Hamdan B, Citeli NGK, Ferreira V, Ramos T, Machado C. Convivência entre homens e cobras no Rio de Janeiro: Áreas prioritárias para ações ambientais. Educ Amb Ação. 2015; 54:1-15.
Bernarde PS. Serpentes Peçonhentas e acidentes ofídicos no Brasil. São Paulo: Anolis Books; 2014.
Silva Júnior NJ, Bucaretchi F. Mecanismo de ação do veneno elapídico e aspectos clínicos dos acidentes. In: Cardoso JLC, França FOS, Wen FH, Málaque CMS, Haddad Júnior V. Animais peçonhentos no Brasil: Biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier; 2009.
Puorto G, França F. Serpentes não peçonhentas e aspectos clínicos dos acidentes. In: Cardoso JLC, França FOS, Wen FH, Málaque CMS, Haddad Júnior V. Animais peçonhentos no Brasil: Biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier; 2009.
Souza CMV. Urban scorpion populations and public health in Brazil. In: Procedings os the 8th International Conference on Urban Pests. Müller G, Popischil R, Robinson WH. Vespen: OOK-Press; 2014.
Gomez MV, Kalapothakis E, Guatimosim C, Prado MAM. Phoneutria nigriventer Venom: A Cocktail of Toxins That Affect Ion Channels. Cellul Molec Neurobiol. 2002; 22(5):579-88.
Cupo P, Azevedo-Marques MM, Hering SE. Acidentes por animais peçonhentos: escorpiões e aranhas. Medicina. 2003; 36(2/4):490-7.
Cabrerizo S, Docampo PC, Cari C, Ortiz RM, Díaz M, Roodt A, et al. Loxoscelismo: epidemiología y clínica de una patología endémica en el país. Arc argentino pediatria. 2009; 107(2):152-9.
Bucaretchi F, Hysolp S. Acidente Causados por Aranhas de Importância Médica. IN: Marcondes CB. Doenças e transmitidas e causadas por artrópodes. São Paulo: Atheneu; 2009.
Tambourgi DV, Morgan RM, Andrade FC, Magnoli FC, Van Den Berg CW. Loxosceles intermedia spider envenomation induces activation of an endogenous metalloproteinase, resulting in cleavage of glycophorins from the erythrocyte surface and facilitating complement-mediated lysis. Blood. 2000; 95(2):683-91.
Barbaro KCI, Knysak RM, Hogan C, Winkel K. Enzymatic characterization, antigenic cross-reactivity and neutralization of dermonecrotic activity of five Loxosceles spider venoms of medical importance in the Americas. Toxicon. 2005; 45(4):89-99.
Silveira RB, Chaim OM, Mangili OC, Gremski W, Dietrich CP, Nader HB, et al. Hyaluronidases in Loxosceles intermedia (Brown spider) venom are endo-beta-N-acetyl-d-hexosaminidases hydrolases. Toxicon. 2007; 49(6):758-68.
Chaim OM, Trevisan-Silva D, Chaves-Moreira D, Wille AC, Ferrer VP, Matsubara FH, Mangili OC, Silveira RB, Gremski LH, Gremski W, Senff-Ribeiro, A, Veiga SS. Brown spider (Loxosceles genus) venom toxins: tools for biological purposes. Toxins. 2011; 3(3):309-44.
Gremski LH, Trevisan-silva D, Ferrer VP, Matsubara FH, Meissner GO, Wille AC, et al. Recent advances in the understanding of brown spider venoms: From the biology of spiders to the molecular mechanisms of toxins. Toxicon. 2014; 83:91-120.
Ribeiro MF, Oliveira FL, Monteiro-Machado M, Cardoso PF, Guilarducci-Ferraz VVC, Melo PA, et al. Pattern of inflammatory response to Loxosceles intermedia venom in distinct mouse strains: A key element to understand skin lesions and dermonecrosis by poisoning. Toxicon. 2015; 96:10-23.
Frezza RM. Atendimento fisioterapêutico após cirurgia reparadora de lesões por aranha marrom: relato de caso. Rev bras promoç saúde. 2007; 20 (2):133-40.
Souza CMV. Notas sobre o Latrodectísmo no Brasil. Gaz méd Bahia. 2012; 82:90-6.
Rodrigues DS. Latrodectismo. In: In: Cardoso JLC, França FOS, Wen FH, Málaque CMS, Haddad Júnior V. Animais peçonhentos no Brasil: Biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier; 2009.
Parodi J, Romero F, Miledi R, Martinez-Torres A. Some effects of the venom of the Chilean spider Latrodectus mactans on endogenous ioncurrents of Xenopus laevis oocytes. Biochem Biophys Res Commun. 2008; 375:571-5.
Almeida R, Ferreira Junior RS, Chaves CR, Barraviera B. Envenomation caused by Latrodectus geometricus in São Paulo state, Brazil: a case report. J Venom Anim Toxins incl Trop Dis. 2009; 15(3):562-71.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Controle de Escorpiões. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasilia: Ministério da Saúde; 2009.
Souza CMV, Pereira TPA, Cardoso PF, Antunes S. Scorpion scientific collections as strategic tools on public health in Brazil. In: Abstracts of the First Mediterranean Congress on Scorpions and Ophidians Envenomations. Marrakech; 2013.
Lourenço WR. What do we know about some of the most conspicuous scorpion species of the genus Tityus? A historical approach. J Venom Anim Toxins incl Trop Dis. 2015; 21:20.
Lourenço WR. Scorpion incidents, misidentification cases and possible implications for the final interpretation of results. J Venom Anim Toxins incl Trop Dis. 2016; 22:1.
Freitas GCC, Vasconcelos SD. 2008. Scorpion fauna of the island of Fernando de Noronha, Brazil: first record of Tityus stigmurus (Thorell, 1877) (Arachnida, Buthidae). Biota Neotrop. 2008; 8(2).
Lourenc?o WR, Von Eickstedt VRD. Considerac?o?es sobre a sistema?tica de Tityus costatus (Karsch, 1879), prova?vel espe?cie polimo?rfica de escorpia?o da Floresta atla?ntica do Brasil (Scorpiones, Buthidae). Iheringia Se?r Zool. 1988; 68:3-11.
Souza CMV. Notas sobre o Escorpionismo no Brasil e o esforço para seu controle. Vetores Pragas. 2012; 30:19-23.
Campolina D. Georreferenciamento e estudo Clínico - Epidemiologico dos acidentes escorpiônicos atendidos em Belo Horizonte, no serviço de toxinologia de Minas Gerais [dissertação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2006.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
a) Authors retain the copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License which allows the sharing of work with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
b) Authors are authorized to take additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg publish in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
c) Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase the impact and The citation of the published work.
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
a) Los autores conservan los derechos de autor y conceden el muñón derecho de la primera publicación de la obra al mismo tiempo licenciado bajo la licencia Creative Commons Atribución que permite compartir el trabajo con el reconocimiento de su publicación inicial en esta revista.
b) Los autores son capaces de asumir contratos adicionales por separado, la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (por ejemplo: Publicar en el repositorio institucional o como un libro), con un reconocimiento de su publicación inicial en esta revista.
c) Los autores están permitidos y alentados a publicar su trabajo en línea (por ejemplo: En repositorios institucionales o en su página web) en cualquier momento antes o durante el proceso de redacción, ya que puede dar lugar a intercambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación de los trabajos publicados.