O TRÁGICO NA CONFIGURAÇÃO DO AMOR EM “DIVA”, DE JOSÉ DE ALENCAR
DOI:
https://doi.org/10.30681/moinhos.v0i3.2471Resumo
O objetivo desta monografia está em dimensionar o trágico na configuração do amor, no romance Diva de José de Alencar. A teoria em torno do trágico se ampara fundamentalmente em Nietzsche, no seu primeiro livro O nascimento da tragédia: helenismo e pessimismo em que o trágico se efetiva no jogo Dionísio e Apolo (embriaguez e sonho), cujo pacto referenda a tragédia. Deduziu-se que o trágico se revela ainda em outras formas literárias, apesar do seu contato mais profundo ter-se efetivado nas tragédias gregas. Nas narrativas, resumindo a questão, o trágico se constitui no núcleo de ação dramática que põe em cheque a vida, por meio de forças contrárias que se digladiam. Trata-se de pesquisa bibliográfica, metodologicamente sustentada pela análise, conforme Genette (O discurso da narrativa) orientou. Identificamos por fim, enquanto núcleo de ação, o trágico, naquilo que Sigmund Freud designa de dinâmica da transferência. Se na consciência amorosa de Emília, protagonista da trama, Augusto foi referendado apolinicamente, a repressão do corpo, impediu o endosso dionisíaco e o amor não se consumava. O trágico, pois, está na resistência dionisíaca e, como romance romântico, operar-se-á a quebra desta resistência e o final feliz com o casamento.
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