Gramatização, colonização e resistência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30681/2594.9063.2023v7n1id11194

Palavras-chave:

Materialismo histórico, Análise de discurso, tecnologia digital, colonização

Resumo

A partir do materialismo histórico e da análise de discurso, pretendemos demonstrar a relação entre esquecimento, tecnologia e discurso. Se trata de uma retomada dos resultados de pesquisa em: Tecnologia e Esquecimento (2020), mas também uma extensão desses achados em direção a um reconhecimento da problemática decolonial, na medida em que ela pode ser expressa em termos materialistas. Nosso objetivo é esboçar onde as tecnologias de linguagem se localizam na organização das estruturas colonizatórias e demonstrar como esses processos se organizam nas sociedades contemporâneas em sua relação com as tecnologias digitais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vitor Pequeno, Universidade São Francisco

Psicólogo, pesquisador e professor. Graduado em Psicologia pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2010), Mestre pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp (2015), Especializado pela European Graduate Schoool (EGS) e Doutor pelo departamento de Linguística do IEL (2019). Especialista no campo de Análise de Discurso, filosofia da ciência e psicologia. Seus estudos concentram-se na área de educação, tecnologias digitais e epistemologia, a partir da perspectiva materialista e psicanalítica. Professor do curso de Psicologia da USF. É coordenador do grupo de pesquisa "Saúde: Uma Questão Teórica?", pesquisador do grupo de pesquisa PHIM - Projeto História, Inconsciente, Materialidades na UNICAMP e do grupo "Produção e Divulgação do Conhecimento" na UNISUL.

Referências

ALTHUSSER L. Aparelhos Ideológicos do Estado. Lisboa: Editorial Presença; São Paulo: Martins Fontes. 1980.

AUROUX, S. A Filosofia da Linguagem. Campinas: Editora da Unicamp, 1998.

AUROUX, S. A Revolução Tecnológica da Gramatização, 3.ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2015.

BAUDRILLARD, J. Simulacro e Simulação. Lisboa: Relógio d’Água, 1991.

DAVIS, M. The Universal Computer: the road from Leibniz to Turing. New York: CRC Press, 2012.

FISCHER, S. R. História da Escrita. São Paulo: Editora da Unesp, 2009.

FREUD, S. Obras Completas. (1915). vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

FREUD, S. Obras Completas. (1916). vol. XIII. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

GALLO, S. Sobre a normatização vigilante dos discursos midiatizados. In: 5º SIMPÓSIO INTERNACIONAL LAVITS: “Vigilância, Democracia e Privacidade na América Latina: vulnerabilidades e resistências” 2017, Santiago/Chile. Anais. Santiago, LAVITS, 2017. p. 426-438.

GALLO, S.; SILVEIRA, J. Forma-discurso de escritoralidade: processos de normatização e legitimação. In: FLORES, G.; GALLO, S.; LAGAZZI, S.; NECKEL, N.; PFEIFFER, C.; ZOPPI-FONTANA (orgs.). Análise de Discurso em Rede: Cultura e Mídia. v.3, Campinas: Pontes Editores, 2017, p. 171-194.

HAVELOCK, E. A Revolução da Escrita na Grécia e suas consequências culturais. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2007.

HERBERT, T. Reflexões sobre a situação teórica das Ciências Sociais e, especialmente, da Psicologia Social. In: Análise de Discurso - Michel Pêcheux. Textos escolhidos por Eni P. Orlandi. Campinas: Pontes Editores, 2012.

PÊCHEUX, M. Delimitações, Inversões, Deslocamentos. Caderno de Estudos Linguísticos, Campinas, n. 19, p. 7-24, jul/dez. 1990.

PÊCHEUX, M. Ler o Arquivo Hoje. In: ORLANDI, E (org.). Gestos de Leitura, 3.ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2010.

PEQUENO, V. Tecnologia e Esquecimento: uma crítica a representações universais de linguagem. Campinas: Pontes Editores, 2020.

SAUSSURE, F. Curso de Linguística Geral. Tradução Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. 28. ed. São Paulo: Cultrix: 2012.

Publicado

2023-05-27

Como Citar

Pequeno, V. (2023). Gramatização, colonização e resistência. Traços De Linguagem - Revista De Estudos Linguísticos, 7(1). https://doi.org/10.30681/2594.9063.2023v7n1id11194