(In)Disposições ético-afetivas na mobilização do conceito de lugar de fala em espaços enunciativos informatizados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30681/2594.9063.2023v7n2id11990

Palavras-chave:

Espaço digital, Militância, Lugar de fala, Contradição

Resumo

Sob o viés das teorizações foucaultianas e da Análise de Discurso, tematiza-se o conceito “lugar de fala” como estratégia de instituição de consenso sobre quem está ou não apto a falar no interior de uma ordem discursiva dada. Parte-se da hipótese de que tanto são preteridos os efeitos dos espaços enunciativos informatizados sobre as condições materiais desses dizeres, como são desconsideradas as relações complexas entre poder e resistência na constituição das subjetividades implicadas no debate teórico-militante. Delinea-se, assim, a existência de (in)disposições ético-afetivas implicadas no âmbito teórico e prático da questão, as quais corroboram sentidos de (des)igualdade em disputa na sociedade capitalista contemporânea.

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Biografia do Autor

  • Jefferson Gustavo dos Santos Campos, Universidade Federal de Rondônia

    É Doutor em Letras, Área de Concentração: Estudos Linguísticos - Linha de Pesquisa: Estudos do Texto e do Discurso (2021), pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Estadual de Maringá, onde também obteve o grau de Mestre em Letras ( 2014) e a Licenciatura em Letras Língua portuguesa e literaturas correspondentes (2011) . É Professor Adjunto A lotado no Departamento Acadêmico de Letras Vernáculas (DALV/UNIR) e no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGML) da Fundação Universidade Federal de Rondônia, campus Porto Velho. Tem experiência docente e em pesquisa nas áreas de Linguística, com ênfase em Estudos Discursivos Foucaultianos, Análise do Discurso, Linguísticas Enunciativas e História das Ideias Linguísticas e de; Estudos Decoloniais, com foco nas Epistemologias do Sul e Teorias Críticas Raciais. Atua como pesquisador no Grupo de Estudos em Análise do Discurso da UEM (Geduem/CNPq); no Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Gêneros, Discursos e Comunicação na Amazônia (Unir - Hibiscus/CNPq) e; Grupo de Pesquisa Linguagem e Racismo da UFSB (GPLR/CNPq). Foi coordenador do curso de Letras no Centro Universitário Cidade Verde (UniFcv), coordenador do Curso de Pós-Graduação em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário Metropolitano de Maringá (Unifamma), onde também atuou como docente em curso de graduação (licenciatura e bacharelado ) e membro efetivo do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Atuou como professor Assistente Colaborador na Universidade Estadual de Maringá, lotado no Departamento de Língua Portuguesa (DTL/CCH/UEM). Suas pesquisas abordam práticas discursivas de subjetivação e de produção de sentidos nos campos das artes, da prática museológica, das mídias e da educação em circulação pelo digital. Atualmente, seu interesse investigativo está relacionado, em especial, sobre práticas discursivas de transgressão nas ciências, práticas de subjetivação/objetivação e de liberdade do intelectual contemporâneo e da intersecção de gênero, raça e espaço na produção do conhecimento linguístico na história do Brasil. É membro das seguintes associações científicas: Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN); Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras - GT Estudos Discursivos Foucaultianos (Anpoll) e Coletivo de Linguistas e Linguistas Aplicados/as Negros/as (@linguativismo).

  • Juliana da Silveira, da Universidade do Sul de Santa Catarina

    Professora Adjunta do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem (PPGCL-UNISUL) e pesquisadora pelo Instituto Ânima. Professora nos cursos do Depto de Comunicação & Artes da Unisul. Graduada em Letras Português-Francês (2005) pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), com mestrado e doutorado em Letras pela mesma instituição. Doutorado com período sanduíche na Sorbonne Paris Cité, dirigido pela linguista Marie-Anne Paveau e Pós-doutorado em Ciências da Linguagem (PNPD/CAPES), dirigido por Solange Gallo. É líder do Grupo de Pesquisa GEPOMI - Grupo de Estudos Políticos e Midiáticos; membro do Contradit - Coletivo de Trabalho, Discurso e Transformação. Integra o Projeto de Pesquisa Interinstitucional Linguagem, mídia e novas tecnologias (UEM). Membro-fundadora da Commune - Colabs em educação e pesquisa. Desenvolve pesquisas nas áreas de Linguística e Análise de Discurso, atuando principalmente em temáticas em torno de: língua e discurso; materialidades discursivas; discursos ordinários; rumor(es) e humor(es) em espaços enunciativos informatizados; discurso, política e tecnologia. Site pessoal (produção acadêmica): www.julianadasilveira.com.br

  • Elaine de Moraes Santos, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

    Doutora em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM-PR), na área de concentração em Estudos Linguísticos e sob a linha de pesquisa Estudos do texto e do Discurso. Possui Mestrado e Graduação em Letras pela mesma instituição. É professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS - Campo Grande), participando nos cursos de Letras (modalidades presenciais e a distância) e no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens. Líder do Grupo de Pesquisa Corporal, Surdez e Discursividades (política)midiáticas (SuDiC)CNPq-UFMS e integra os grupos Gepomi/UEM e GEPMID/IFPR. Atualmente coordena o Laboratório de Revisão de Textos Acadêmico-Científicos (LABREV). Tem interesse em estudos relacionados ao sujeito/corpo no discurso político-midiático da contemporaneidade, ao espaço discursivo ocupado por surdos, mulheres, indígenas e imigrantes nas redes sociais, bem como nas práticas de escrita envolvidas no âmbito universitário.

Referências

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RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019. (Coleção Feminismos Plurais).

Publicado

2023-11-29

Como Citar

(In)Disposições ético-afetivas na mobilização do conceito de lugar de fala em espaços enunciativos informatizados. (2023). Traços De Linguagem - Revista De Estudos Linguísticos, 7(2). https://doi.org/10.30681/2594.9063.2023v7n2id11990

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