Indigena, cyberbulliyng e a estereotipação do sujeito no mercado de trabalho
DOI:
https://doi.org/10.30681/2594.9063.2017v1n2id2642Palavras-chave:
Indígenas, Mídia, CyberbullyingResumo
O discurso constitui um cenário em que estão envolvidos a língua, o sujeito e o espaço histórico social e cultural. A partir dessa premissa o indígena tem saído das aldeias para os centros urbanos em busca de capacitação profissional. Essa visibilidade no mercado de trabalho na sociedade hegemônica, tem levado o indígena graduado, profissionalizado ao enfrentamento de discursos cristalizados que os representam como incapazes. Discursos que retratam a distinção entre índios e brancos emergem na sociedade hegemônica e reverberam nas mídias sociais por meio de ciberpráticas que se chocam com o acontecimento discursivo: o índio e suas novas práticas identitárias. Entendido esse conceito, este trabalho tem por objetivos estudar representações elaboradas por/sobre indígenas, no mercado de trabalho, em ambientes virtuais. Por meio do método arqueogenealógico, proposto por Foucault (1990; 1997; 1999; 2007), analisam-se recortes de publicações on-line de e sobre trabalhadores indígenas postadas na rede social Facebook. Para tanto, utiliza-se o arcabouço teórico da Análise do Discurso de origem francesa (AD), a partir dos estudos de Coracini (2007), Pêcheux (1988; 1990), Orlandi (1999) e Authier-Révuz (1990; 1998), numa visada transdisciplinar de pesquisa que considera a produtiva relação com a psicanálise (LACAN, 1973) e Freud (1929). Almeja-se verificar se os discursos postados por índios e brancos acerca do índio no mercado de trabalho estão inscritos em um novo acontecimento discursivo: o cyberbullying, considerada a prática da crueldade on line, que pode agredir o sujeito silenciosamente e muitas vezes anonimamente, dificultando a identificação do agressor.Downloads
Referências
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