A (DES)CONSTRUÇÃO DO MEDO EM CHAPEUZINHO AMARELO, DE CHICO BUARQUE DE HOLANDA
Palavras-chave:
Leitura literária, Chico Buarque de Holanda, Estética da Recepção, Sentidos, MedoResumo
As reflexões aqui propostas buscam discutir a leitura literária como ferramenta para se alcançar a emancipação do leitor e refletir sobre possíveis caminhos a serem seguidos em sala de aula, tendo em vista contribuir para a formação de leitores proficientes, autônomos e conscientes. Nosso estudo toma como base a teoria da Estética da Recepção fundamentada por Jauss (1994) e teoria do efeito de Wolfgang Iser (1996), que situam o leitor no centro do processo interpretativo do texto literário, reconhecendo-o como elemento fundamental para a produção de sentidos da obra, pois, à medida que recepciona e interpreta o texto, o leitor atribui significados à obra, portanto, torna-se coprodutor dela. Partindo desta premissa, nosso objeto de análise repousa sobre a obra Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque de Holanda, e nosso recorte privilegia a (des)construção do medo dentro da narrativa e as diferentes nuances que ele se apresenta, assim, buscamos evidenciar a forma como os elementos linguísticos são dispostos pelo autor na narrativa, bem como provocar os leitores acerca dos elementos sociais que compõe o contexto de sua produção e os possíveis sentidos que podem ser construídos a partir da intertextualidade entre o conto tradicional e a obra de Buarque.