DESCULPE A NOSSA FALHA, DE RICARDO RAMOS, E A FUGA DE EDGAR, DE EDGAR J. HYDE: UM OLHAR SOBRE CERTAS OBRAS E CERTOS LEITORES DA LITERATURA JUVENIL CONTEMPORÂNEA
Resumo
A presente dissertação objetivou ponderar sobre duas obras ficcionais e sobre o horizonte de expectativas de um grupo de alunos com idade entre 13 e 15 anos, pertencentes ao oitavo ano de uma escola de periferia, na cidade de Juara, estado de Mato Grosso. Para atingir tal fim, oferecemos a obra que disseram lhes agradar, A fuga de Edgar (2012), de Edgar J. Hyde, e, posteriormente, apresentamos uma obra reputada como literatura esteticamente elaborada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, Desculpe a nossa falha (2013), de Ricardo Ramos, visando perceber se tais textos ficcionais quebrariam e/ou ampliariam o horizonte de expectativas desses estudantes, como também perceber se esses perceberiam a estrutura ausente e os vazios do texto e, por fim, se esses educandos conseguiriam discernir aspectos de uma obra mercadológica ou de uma obra emancipatória. Para isso, nos utilizamos do Método Recepcional, que está embasado na Estética da Recepção, e, como suporte teórico, nos fundamentamos em autores como: Jauss (2003); Iser (1996); Lima (2001); Eco (1932); Candido (2011); Bordini (1993), entre outros. Nos utilizamos ainda de questionários, leitura e debate dos livros supracitados. A partir da análise dos materiais colhidos junto aos sujeitos da pesquisa e do estudo da teoria, pudemos encontrar respostas para os questionamentos que deram vida a essa pesquisa, nos permitindo assim ter algumas respostas e muitas outras perguntas a serem respondidas dentro do ambiente escolar em relação à leitura.