A sobrevivência das origens em Era um poaieiro de Alfredo Marien.

Autores

  • Eliziane Fernanda Navarro

Resumo

Buscamos, neste estudo, desvendar aquilo que dá à obra Era um poaieiro, de Alfred Marien, publicada em 1944, o caráter atemporal que excede os limites acerca da cultura de extração no extremo Oeste do Brasil, alcançando o tema da colonização como um todo. Assim, propomos um retorno à era dos mitos. Faremos esse percurso em três etapas. Primeiramente, discutiremos a inserção
dos temas da cultura oral e do imaginário coletivo da região aproveitados pelo autor, bem como a presença de símbolos que remetem a um passado clássico, como o contador de estórias, por exemplo. Também nos interessa o percurso traçado pela narrativa desde os primórdios, na figura do mito sacro, bem como o mito de criação que subjaz à narrativa que será analisada em uma perspectiva
comparatista entre os mitos Labirinto de Creta e Eldorado, com a composição textual de Marien. Por último, nos atentaremos à recriação civilizatória enquanto transformação do caos em civilização. Como símbolo dessa representação, analisaremos a figura do índio Jucuepá em sua relação com os sertanejos. O aporte teórico utilizado perpassa, principalmente, os estudos de Flora Süssekind (2006), Lylia Galetti (2012), Junito Brandão (1987; 2002), Mircea Eliade (1972; 1992; 1996; 2001), Mikhail Bakhtin (1993; 2000), Scholes e Kellogg (1977), Thomson Highway (2003), Walter Benjamim (1992) e Maurice Halwachs (2006).

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Publicado

2017-09-19

Edição

Seção

RESUMOS

Como Citar

A sobrevivência das origens em Era um poaieiro de Alfredo Marien. (2017). Revista Alere, 15(1), 419-420. https://periodicos.unemat.br/index.php/alere/article/view/2327