Clara Ferreira Alves: O percurso da crítica de uma intelectual na era líquida
DOI:
https://doi.org/10.30681/rccs.v7i1.4885Palavras-chave:
Clara Ferreira Alves, Intelectual Público, Esfera Pública, Responsabilidade Social, Modernidade Líquida.Resumo
“O intelectual é um espírito em oposição,
mais do que em acomodação [...]”
Edward Said, Representações do Intelectual, 1993, p. 18
Resumo: Este artigo pretende uma análise sociológica sobre o compromisso público da intelectual Portuguesa Clara Ferreira Alves [CFA]. Após uma breve resenha em torno da vasta bibliografia que se debruça sobre a relevância do papel, bem como as múltiplas representações dos intelectuais desde finais do século XIX, iremos abordar de que forma a criatividade literária, o jornalismo crítico e a persuasão retórica de CFA, ancoradas por um sólido capital cultural, despertam uma profunda reflexão sobre a complexidade social da nossa modernidade líquida.
Downloads
Referências
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. “A Indústria Cultural: O Iluminismo como Mistificação de Massas”. In Teoria da Cultura de Massa. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
ALEXANDER. J. C. “Public Intellectuals and the Public Sphere”. In Intellectuals and their Publics: Perspectives from the Social Sciences. Burlington: Ashgate, 2009.
ALVES, C.F. Estado de Guerra. Lisboa: Clube do Autor, 2012.
ALVES, C.F. "Somos dez milhões de hamsters numa gaiola. Sendo a gaiola, não a Europa, mas a pobreza". Jornal de Negócios, de 7 de dezembro. Disponível em http://www.jornaldenegocios.pt/weekend/detalhe/somos_dez_milhoes_de_hamsters_numa_gaiola_sendo_a_gaiola_nao_a_europa_mas_a_pobreza, 2012.
ALVES, C.F. Pai Nosso. Lisboa: Clube do Autor, 2015.
ALVES, C.F. “Temos Políticos Muito Ignorantes”. Diário de Notícias, de 28 de novembro. Disponível em http://www.dn.pt/artes/interior/temos-politicos-muito-ignorantes-4905369.html, 2015.
ALVES, C.F. Cenas da Vida Americana. Lisboa: Clube do Autor, 2017.
BARBER, B. Comment le capitalisme nous infantilize. Paris: Fayard, 2007.
BAUMAN, Z. Legisladores e Intérpretes: Sobre Modernidade, Pós-Modernidade e Intelectuais. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
BAUMAN, Z. Modernidade Líquida, Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
BENDA, J. La Trahison des clercs. Paris: Grasset, 1927.
BENHABIB, S. The Claims of Culture: Equality and Diversity in the Global Era. Princeton: Princeton UP, 2002.
BOBBIO, N. Os Intelectuais e o Poder: Dúvidas e Opções dos Homens da Cultura na Sociedade Contemporânea. São Paulo: Unesp, 1997.
BOURDIEU, P. As Regras da Arte: Génese e Estrutura do Campo Literário. Lisboa: Presença, 1996.
BRIANÇON, P. “J’accuse: Leftist intellectuals turn right”. Politico, 16 de outubro, Disponível em http://www.politico.eu/article/leftist-intellectual-turn-right-front-national-socialists-philosopher, 2015.
CASTORIADIS, C. Uma Sociedade à Deriva. Lisboa: 90 Graus Editora, 2006.
CHOMSKY, N. 2016. Quem Governa o Mundo? Lisboa: Editorial Presença, 2016.
COLLINI, S. Absent Minds. Oxford: Oxford UP, 2006.
FERREIRA, E.P. Por uma Sociedade Decente. Lisboa: Marcador, 2016.
FOUCAULT, M. "Les intellectuels et le pouvoir", in Dits et écrits I. 1954-1975. Paris: Quarto Gallimard, 2001.
FULLER, S. The Intellectual. Cambridge: Icon, 2005.
FUREDI, F. Where Have All the Intellectuals Gone? London: Continuum, 2004.
GLISSANT, E. Introdução a uma poética da diversidade. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2005.
GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.
HEYNDERS, O. Writers as Public Intellectuals: Literature, Celebrity, Democracy. Hampshire: Palgrave, 2016.
LIPOVETSKY, G. A Era do Vazio. Lisboa: Relógio D’Água, 1983.
LIPOVETSKY, G; SERROY, J. A Cultura Mundo: Resposta a uma Sociedade Desorientada. Edições 70: Lisboa, 2004.
LLOSA, M. V. A Civilização do Espetáculo. Lisboa: Quetzal, 2012.
MISZTAL, B. A. Intellectuals and the Public Good: Creativity and Civil Courage. Cambridge: Cambridge UP, 2007.
SAID, E. Representações do Intelectual: As Conferências de Reith de 1993. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
SAID, E. Orientalismo: Representações Ocidentais do Oriente. Lisboa: Cotovia, 2004.
SANTOS, B.S. Globalização. Fatalidade ou Utopia? Porto: Afrontamento, 2005.
STEINER, G. No Castelo do Barba Azul: Algumas Notas para a Redefinição da Cultura. Lisboa: Relógio d’ Água, 1992.