Comunidades ciganas e a pandemia: desafios étnico-raciais e perspectivas comunicacionais

Autores

  • Aluízio de Azevedo Silva Júnior Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

DOI:

https://doi.org/10.30681/rccs.v7i1.5097

Palavras-chave:

Ciganos, mídia, pandemia, comunicação e saúde

Resumo

Neste texto reflito acerca do modo em que as comunidades ciganas estão sendo afetadas pelas crises do coronavíris, mas ao mesmo tempo, construo este olhar a partir da reação que o movimento social cigano teve frente a essas problemáticas. Minhas análises partem do campo da Comunicação e Saúde (C&S) e referem-se a um modo híbrido, periférico e comunicacional do sul, cujas vozes ciganas são o ponto de partida para o debate instaurado. Neste processo, racismo e desigualdades sociais históricas, culminam em processos comunicacionais de silenciamento e invisibilidade, de suas culturas, identidades, pautas e demandas no campo da saúde pública.

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Biografia do Autor

Aluízio de Azevedo Silva Júnior, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Aluízio de Azevedo é cigano Calon, Jornalista, especialista em cinema, mestre em educação e doutorando em Comunicação e Saúde. Atualmente é jornalista concursado do ministério da Saúde e atua na Assessoria de Comunicação do Núcleo estadual do órgão no Rio de Janeiro.

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Publicado

2020-12-31

Como Citar

Silva Júnior, A. de A. (2020). Comunidades ciganas e a pandemia: desafios étnico-raciais e perspectivas comunicacionais. Revista Comunicação, Cultura E Sociedade, 7(1), 042–061. https://doi.org/10.30681/rccs.v7i1.5097