POLIFONIA EM QORPO-SANTO: ALGUMAS BALIZAS BAKHTINIANAS NA HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.30681/moinhos.v0i2.2368Resumo
A proposta do artigo é apresentar o teatro de Qorpo Santo (1829-1883), na perspectiva teórica de Mikhail Bakhtin (1895-1975), inserir esse dramaturgo ocasional no contexto político e cultural do Segundo Império brasileiro e comentar-lhe algumas peças, chegando à conclusão de que, por meio da polifonia presente nos seus textos teatrais, o autor faz uma crítica à sociedade brasileira contemporânea dele, ao dar a palavra à personagens contestadores, principalmente no que se refere aos seus aspectos políticos e culturais. O resultado é o desnudamento de um escritor que apesar de não ser considerado canônico e de ainda não possuir reconhecimento unânime na historiografia literária brasileira, constituiu-se, no conteúdo de suas peças teatrais, na primeira voz dissonante do moralismo religioso e dos atrasos sociais e políticos da sociedade brasileira do século XIX. Sua obra pode ser considerada singular e rica, além de ter sido antecipadora, na sua forma estética, do teatro do absurdo e do próprio Surrealismo da França do século XX.
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