TRAÇOS DO REALISMO EM TERRA SONÂMBULA, DE MIA COUTO
DOI:
https://doi.org/10.30681/moinhos.v0i2.2389Resumo
O romance Terra Sonâmbula, do escritor moçambicano Mia Couto, é o objeto de estudo desta monografia. A intenção foi a de mostrar como o autor, por meio da sua obra literária, adentra a elementos de caráter histórico, político e sócio-cultural de seu país de origem: Moçambique. Também se pretendeu apontar como a guerra colonial (1965-1975) e civil (1976-1992) ocorrida entre portugueses e moçambicanos por quase 30 anos, foi retratada e reconstruída nesta obra de engajo realista. Permeando- se entre as compreensões de fundo histórico e ficcional, o autor por meio de seus personagens principais: o jovem Muidinga, seu velho protetor Tuahir e Kindzu (personagem morto pelas guerras anticoloniais, sendo retratado por meio de seus cadernos manuscritos) representa todo um país e nação, que luta incessantemente pela sua identidade, mesmo estando submerso na miséria, na guerra, e no analfabetismo. O diálogo aberto entre real e imaginário, presente nesta obra poética, possibilita desencadear o viés deste trabalho, que implica a reflexão dadas as relações entre história, literatura e realismo como mecanismo de reprodução dos acontecimentos históricos de Moçambique. Como suporte teórico foram de grande valia os estudos referentes às abordagens de grandes autores como: Alfredo Bosi (2006), Willian Roberto Cereja (1995), Afrânio Coutinho (2001), Maria do Carmo Sepúlveda (2006), Enilce Albergaria Rocha (2006), Ana Maria Abrahão dos Santos Oliveira (2009) e Maurice Jean Lefebve (1980).
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