CULTURA, ENSINO E FORMAÇÃO DOCENTE: UM DIÁLOGO ACERCA DO HIP HOP POR UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA
DOI:
https://doi.org/10.30681/rcc.v2i16.12849Palavras-chave:
Cultura; Ensino; Formação docente; Educação antirracista.Resumo
Diante da preocupação com a valorização e solidificação da cultura preta, anseia-se por uma educação escolar antirracista, num cenário em que os docentes devam atuar como maestros da orquestra em favor da cultura e do ensino. Neste contexto, este trabalho apresenta elementos a fim de contribuir à formação docente (inicial e continuada) na perspectiva da educação antirracista como prática social e, desta forma, são sugeridas atividades iniciais como apoio ao professor iniciante. Para tanto, esta pesquisa inicia-se com a proposta de contextualização ao trazer à baila alguns elementos da cultura Hip Hop que contribuem à constituição de subjetividades: são as pessoas que habitam territórios periféricos e pertencentes à diáspora negra, refletindo o retrato da realidade brasileira.
Downloads
Referências
ANJOS, S. G. Hip hop e as práticas educativas: um estudo a partir das experiências do coletivo Família Hip Hop. Santa Maria-DF. 2019 136f. Dissertação (Mestrado) - Pós-Graduação em Educação, Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
CLUBE DO PORTUGUÊS – Língua Portuguesa, Literatura e Alfabetização. Sobrevivendo no Inferno – análise para o vestibular da Unicamp (2021). Disponível em https://www.clubedoportugues.com.br/sobrevivendo-no-inferno/ Acesso em janeiro de 2024.
CUSTÓDIO, Lourival Aguiar Teixeira. Um estudo de classe e identidade no Brasil: Movimento Negro Unificado (MNU) - 1978 - 1990. 2017. Dissertação (Mestrado em Estudos Culturais) - Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. doi:10.11606/D.100.2018.tde-22052018-122717. Acesso em: 2024-01-25.
CUTI, Luis Silva. A consciência do impacto nas obras de Cruz e Souza e Lima Barreto. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
DOMINGUES, Petrônio. “Em Defesa da Humanidade”: A Associação Cultural do Negro. Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 61, no 1, p. 171-211, 2018
DOMINGUES, Petrônio. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo, v. 12, p. 100-122, 2007.
ENNES. Ernesto. As guerras nos Palmares. São Paulo: Nacional, 1938;
ESSINGER, Silvio. Batidão: uma história do funk. Rio de Janeiro: Record, 2005.
FARIA, Álvaro Alves de. Poesia simples como a vida. In TRINDADE, Solano. Cantares ano meu povo. São Paulo: Brasiliense, 1981.
FARIA, Priscila Prado Faria. Racionais Mc’s e Paulo Freire: um diálogo sobre educação na São Paulo dos anos 90. Dissertação (Mestrado em História). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2017.
FERNANDES, Ana Claudia Florindo. O rap e o letramento: A construção da identidade e a constituição das subjetividades dos jovens na periferia de São Paulo. 2014. 273 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1996
GIACOMINI, Sonia Maria. A alma da festa: família, etnicidade e projetos num clube social da Zona Norte do Rio de Janeiro - o Renascença Clube. Belo Horizonte: Ed. UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2006.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Carcere. Volume 5. Edição de Carlos Nelson Coutinho, com a colaboração de Luiz Sérgio Henriques e Marco Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2002.
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador. Saberes construídos na luta por emancipação. Petrópolis, RJ: vozes, 2017.
HERSCHMANN, M. O funk e o Hip Hop invadem a cena. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002.
GOMES, Nilma Lino. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem fronteiras, v. 12, n. 1, p. 98-109, 2012.
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo – diário de uma favelada. São Paulo: Francisco Alves, 1960.
JORNAL UNICAMP. Racionais MC’s, professores de gerações: grupo de rap foi reverenciado na Unicamp como parâmetro para a reflexão sobre o racismo e a desigualdade no país. (2002). Disponível em https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/ju/noticias/2022/12/07/racionais-mcs-professores-de-geracoes Acesso em janeiro de 2024.
JUSTO, F. C. Letramentos em espaços não escolares: o movimento hip-hop em Ouro Preto. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2015.
LO BIANCO, R. Identidade e relações raciais na Cultura Hip Hop: Uma abordagem antropológica. Requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Ciências Sociais/UFF. Niterói, 2004.
MEDEIROS, Janiara de Lima. Transformações sociais e a carga das experiências concretas. In: KOCHHANN, A.; SOUZA, J. O.. (Org.). Reflexões teóricas: o Ensino e a Educação. Campina Grande: Licuri, 2023a, p. 123-136.
MEDEIROS, Janiara de Lima. O desafio da educação brasileira: por uma escola pública, democrática, inclusiva e acessível a todos. In: KOCHHANN, A.; SOUZA, J. O.. (Org.). Reflexões teóricas sobre o Ensino e a Educação. Campina Grande: Licuri, 2023b, p. 15-32.
MEDEIROS, Janiara de Lima. A reforma do Ensino Médio: Estudo crítico da lei nº 13.415/2017. Rio de Janeiro, RJ: e-Publicar, 2021.
MEDEIROS, Janiara de Lima. Formação para o Trabalho x Formação para a Vida: Do princípio educativo do trabalho à educação emancipatória. Alemanha: NEA - Novas Edições Acadêmicas, 2019.
MOTTA, Nelson. Noites tropicais. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.
NOVAES, José. Um episódio de produção de subjetividade no brasil de 1930: malandragem e estado novo. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 6, n. 1, p. 39-44, jan./jun. 2001
OLIVEN, R. G.. Violência e Cultura no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1983. Vasconcellos, G., & Suzuki Jr., M.. A malandragem e a formação da música popular brasileira. Em B. Fausto (dir.). História Geral da Civilização Brasileira. (pp. 501- 523). Rio de Janeiro/São Paulo: Bertrand-Brasil. 1995.
ROSE, Tricia. Barulho de preto: rap e cultura negra nos Estados Unidos contemporâneos. Tradução: Daniela Vieira; Jaqueline Lima Santos. São Paulo: Perspectiva, 2021. 336 p. (Hiphop em perspectiva; 1)
SANTOS, Jaqueline Lima. Negro, Jovem e Hip Hopper: História, Narrativa e Identidade em Sorocaba. 2011. 182 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Filosofia e Ciências – Campus de Marília, [S. l.], 2011.
SANTOS, Jair Cardoso. Entre as Leis e as Letras: escrevivências identitárias negras de Luiz Gama. Dissertação (Mestrado em Letras). Departamento de Educação, UNEB, Alagoinhas/BA, 2016.
SOUZA, A. L. Letramentos de reexistência: culturas e identidades no movimento hip hop. Tese (Doutorado) - Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.
SOUZA, Ana Raquel Motta de. "A favela influência": Uma análise das práticas discursivas dos Racionais Mcs. 2004. 315 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Linguística, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.
THAYER, Allen. Black Rio - Brazilian Soul and DJ Culture’s Lost Chapter. Illustration by Alberto Forero. Revista Waxpoetics. New York, n. 16, abr./maio 2006. p. 88-106.
TRINDADE, Raquel. Dados biográficos. In: TRINDADE, Solano. O poeta do povo. São Paulo: Cantos e Prantos Editora, 1999.
VIANNA, H. O mundo funk carioca. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1998.
VILELA, T. A. G. O Grito e a Poesia do Gueto: Rappers e Movimento Hip-Hop no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, IFCS UFRJ, 1997. (Dissertação de Mestrado).
Recebido: 20/03/2024
Aprovado: 25/06/2024
Publicado: 01/09/2024