Um estudo de percepção acerca do léxico de línguas africanas no português brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.30681/2594.9063.2020v4n2id5096Resumen
A língua é parte fundamental da sociedade e, nela, é possível demarcar culturas e, também, racismo. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é identificar crenças e atitudes linguísticas acerca de itens lexicais de línguas africanas no Português Brasileiro, a fim de observar se eles seriam alvo de avaliação menos positiva, quando comparado a palavras de origem vernacular. A fundamentação teórica está calcada em Eckert (2012), Cardoso (2014), Labov (2001) e Petter (2008) e em pesquisas sobre racismo linguístico, como as de Leite (1947), Almeida (2019) e Nascimento (2019). Foi adotada a metodologia da Terceira Onda da Sociolinguística para a coleta de dados, que consistiu na aplicação de dois testes de percepção, formulados a partir de estímulos linguísticos e aplicados a um grupo de 12 participantes. Constatou-se que tais juízes, que responderam ao questionário, falantes de Português Brasileiro, avaliam de forma negativa os itens lexicais advindos de línguas africanas empregados no teste, contribuindo para o racismo linguístico.
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