Sagrado feminino e experiência corporal:

representações do eu em mídias sociais

Autores

  • Valquiria Barros Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Palavras-chave:

sagrado feminino; corpo; experiência; mídias digitais

Resumo

O objetivo desse texto foi investigar a articulação das noções de espiritualidade e felicidade relacionadas pelo movimento do Sagrado Feminino, apresentando de que forma esse movimento considera a experiência da performance feminina como fator de realização e felicidade, e como isso se expressa nas mídias digitais. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa qualitativa, interpretativa e de cunho exploratório que buscou compreender o significado do fenômeno em questão a partir da análise do conteúdo disponibilizado em mídias digitais. Os resultados apontaram que, de um modo geral, o movimento do Sagrado Feminino constitui-se uma ferramenta de empoderamento que parece oferecer à mulher contemporânea um modelo de resistência à dominação masculina sobre seus corpos e suas mentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARDIN, Laurence. (1977). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2006.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

BRETON, David Le. As paixões ordinárias. Petrópolis: Vozes, 2009.

CARVALHO, José Jorge. O olhar etnográfico e a voz subalterna. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 7, n. 15, p. 107-147, julho de 2001.

CASTELLS, Manuel. Internet e sociedade em rede. In: MORAES, Denis de (org.). Por uma outra comunicação: mídia, mundialização cultural e poder. Rio de Janeiro: Record, 2003, p. 255-287.

CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2006.

GIDDENS, Anthony. A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: Unesp, 1993.

GIDDENS, Anthony. A vida em uma sociedade pós-tradicional. In: Ulrich Beck; Antony Giddens; Scott Lasch (Orgs.). Modernidade reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. São Paulo: Unesp, 1997. p. 73-134.

GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. In: Educação & Realidade. jul/dez. 1997. p. 15-46.

HAROCHE, Claudine. Descontinuidade e intangibilidade da personalidade: a relação com o tempo no individualismo contemporâneo. ArtCultura, v. 6, n. 9, 2006. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/1374 Acesso em: 21 de março de 2021.

INGOLD, Timothy. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, v. 18, n. 37, p. 25-44, jan./jun. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ha/a/JRMDwSmzv4Cm9m9fTbLSBMs/?lang=pt . Acesso: 21 de setembro de 2017.

KOSS, Monika Van. Feminino + Masculino: uma nova coreografia para a eterna dança das polaridades. São Paulo: Escrituras, 2000.

LIPOVETSKY, Gilles. A era do vazio: ensaios sobre o individualismo contemporâneo. Barueri: Manole, 2004.

LIPOVETSKY, Gilles. A felicidade paradoxal: ensaios sobre a sociedade de hiperconsumo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. A Cultura-Mundo. Resposta a uma sociedade desorientada. Lisboa: Edições 70, 2010.

LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.

MINAYO, Maria Cecília. De S. O desafio da pesquisa social. In: Minayo, M. C. De S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2009.

NEGRI, Antonio; HARDT, Michael. Império. Rio de Janeiro: Record, 2001.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

SIBILIA, Paula. Autenticidade e performance: a construção de si como personagem visível. Fronteiras Estudos Midiáticos. v. 17, n. 3, 2015. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/fem.2015.173.09 Acesso: 21 de abril de 2021.

SPENGLER, Oswald. La decadencia de Occidente. Una morfologia de la Historia Universal. Madrid: Espasa Calpe, 2009.

TONIOL, Rodrigo. Atas do espírito: a Organização Mundial da Saúde e suas formas de instituir a espiritualidade. Anuário Antropológico. v. 42, n. 2, 2017. Disponível em: https://journals.openedition.org/aa/2330 Acesso: 21 de abril de 2021.

TONIOL, Rodrigo. Experts no espírito. Reflexões sobre a legitimação da espiritualidade com uma dimensão de saúde a partir do SUS. Anais da ReACT - Reunião de Antropologia da Ciência e Tecnologia. v. 2, n. 2, 2015. Disponível em: https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/react/article/view/1390 Acesso: 21 de abril de 2021.

TURATO, Egberto Ribeiro. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Rev. Saúde Pública, v. 3, n. 39, 507-514, 2005. Acesso: 20 de agosto de 2022, de https://www.scielo.br/j/rsp/a/qtCBFFfZTRQVsCJtWhc7qnd/?format=pdf&lang=pt

Downloads

Publicado

2024-05-02

Como Citar

Barros, V. (2024). Sagrado feminino e experiência corporal: : representações do eu em mídias sociais. Revista Comunicação, Cultura E Sociedade, 9(1). Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ccs/article/view/11800