Jornalismo vigilante: indícios e interconexões históricas entre jornalismo e vigilância

Autores

  • Ricardo José Torres Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.30681/rccs.v1i1.2594

Palavras-chave:

jornalismo, vigilância, poder, história do jornalismo, Agência Pública.

Resumo

A história do jornalismo apresenta intersecções significativas com elementos relacionados à vigilância. Essas interfaces envolvem uma série de aspectos importantes para o entendimento das práticas jornalísticas, sobretudo os que se referem ao jornalismo investigativo e à abordagem alinhada ao dever de vigiar a sociedade. Um caso contemporâneo que pode exemplificar essa função é o da Agência Pública, particularmente o projeto PlusD (Biblioteca de Documentos Diplomáticos dos EUA) desenvolvido em parceria com o WikiLeaks. Os objetivos deste estudo são apresentar indícios históricos do jornalismo como vigilante do poder, alternativas para a noção de jornalismo vigilante e aspectos do jornalismo sob vigilância. Para tanto, utilizamos métodos da pesquisa bibliográfica e de análise de conteúdo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Ricardo José Torres, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    Jornalista, doutorando e mestre em Jornalismo no Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É pesquisador bolsista Capes e integrante do Observatório da Ética Jornalística (objETHOS). Atualmente, pesquisa temas relacionados à vigilância e suas conexões com o jornalismo em um contexto permeado pelas mídias sociais. Possui experiência em jornalismo impresso, rádio, assessoria de comunicação e jornalismo online. 

Referências

BARBOSA, Marialva. Jornalismo e a construção de uma memória para a sua história. In.: BRAGANÇA, Anibal; MOREIRA, Sonia Virgínia. (orgs). Comunicação, acontecimento e memória. São Paulo: Intercom, 2005. p. 102- 111.

BENETTI, Márcia; LAGO, Cláudia. Metodologia de pesquisa em jornalismo. Petrópolis: Vozes, 2007.

CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: Movimentos sociais na era da internet. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 2013.

CHRISTOFOLETTI, Rogério; OLIVEIRA, Cândida de. Jornalismo pós-wikileaks: Deontologia em tempos de vazamentos globais de informação. Contemporanea: comunicação e cultura, vol.09, n.02, agosto de 2011. P. 231-245.

CORREIA, João Carlos. O admirável Mundo das Notícias: Teorias e Métodos. Covilhã: UBI, LabCom, 2011.

FORTES, Leandro. Jornalismo Investigativo. São Paulo: Editora Contexto, 2005.

KARAM, Francisco José Castilho. Jornalismo, ética e liberdade. 4. ed. São Paulo: Summus, 2014.

KOVACH, Bill; ROSENSTIEL, Tom. The Elements of Journalism: What Newspeople Should Know and the Public Should Expect. 3. ed. Nova York: Crown Publishers, 2014.

MAIA, Rousiley C. M. Mídia e diferentes dimensões da Accountability. E-compós- Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, 2006.

NASCIMENTO, Solano. Novos Escribas: O fenômeno do jornalismo sobre investigação no Brasil. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2010.

PIZARROSO QUINTERO, Alejandro (org.). História da Imprensa. Lisboa: Planeta, 1996.

SHIRKY, Clay. The value of digital data. In: BELL, Emily at. al. (org.). Journalism After Snowden: The Future of Free Press in the Surveillance State. New York: Columbia University Press, 2017. Disponível em: http://migre.me/wf7aT. Acesso em: 09 de junho 2017.

SILVEIRA, Mauro César. Em busca de uma visão mais abrangente da história do jornalismo e o exemplo argentino do grupo Clarín. Faces da História, Assis-SP, v.1, nº1, p. 6-23, jan.-jun., 2014.

SODRÉ, Nelson Werneck. História da Imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad, 2007.

SOUSA, Jorge Pedro. Uma história breve do jornalismo no Ocidente, BOCC, 2008.

Disponível em: http://migre.me/wLPNL. Acesso em: 09 de junho de 2017.

SPANNOS, Chris. Vigilância em massa e “totalitarismo inteligente”. 06/03/2017. Actantes. Disponível em: http://migre.me/wf5Z6. Acesso em: 19 de junho 2017.

TRAQUINA, Nelson. Teorias do Jornalismo: a tribo jornalística – uma comunidade interpretativa transnacional. v. II. Florianópolis: Insular, 2005.

VIANA, Natalia. Reportagem da: “Conheça o PlusD, a Biblioteca de Documentos Diplomáticos do WikiLeaks. Agência Pública, 07 abr. 2013. Disponível em: http://migre.me/wLdyI. Acesso em: 07 de junho de 2017.

WAISBORD, Silvio. Watchdog journalism in South America: News, Accountability, and Democracy. New York: Columbia University Press, 2000.

Downloads

Publicado

2017-12-31

Como Citar

Jornalismo vigilante: indícios e interconexões históricas entre jornalismo e vigilância. (2017). Revista Comunicação, Cultura E Sociedade, 5(1), 103-117. https://doi.org/10.30681/rccs.v1i1.2594

Artigos Semelhantes

1-10 de 131

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.